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28 de Abril de 2015 às 15:45

28/04/2015 - Proposta de pagamento da PLR do BRB é frustrante e decepcionante


Brasília - A primeira impressão é a que fica. Esse é um dito popular muito difundido e que traz embutido uma grande verdade. Desta forma, a impressão que se forma da nova diretoria do BRB é ruim, e joga por terra todo o capital de esperança acumulado quando da indicação de um presidente funcionário da casa. 

Esta assertiva se depreende em função da péssima forma como foi tratada a questão do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2014. Em reunião encerrada já na noite da segunda-feira (27), o banco, por meio de dois de seus diretores, Cristiane Bukovics e Dario Osvaldo, apresentou uma proposta que simplesmente significa não pagar a PLR referente ao lucro do segundo semestre de 2014 a que os funcionários têm direito.

Pela proposta, o valor lançado no balanço daquele semestre, e não pago (aproximadamente R$ 6 milhões), será acumulado ao valor a ser pago referente à PLR do primeiro semestre de 2015. Ou seja, o banco não reconhece o erro de interpretação ao não pagar a parte linear da PLR, e ainda ignorou a reivindicação de um abono complementar, que permitisse a cada funcionário receber agora, pelo menos o mesmo valor recebido em setembro passado, quando do pagamento da PLR referente ao primeiro semestre de 2014. 

Embora considere a proposta absolutamente distante do devido aos funcionários, e reivindicado, o Sindicato considera que o surgimento de uma proposta se deve à cobrança que tem sido feita sobe o assunto. Isto já mostra a saída da nova diretoria da inércia e da posição intransigente que manteve no início desta discussão. 

“Esta proposta ignora um acordo, uma reivindicação, e muito mais do que isso, um direito dos funcionários. Isto após a atual diretoria ter recuado da alteração no plano de metas definida pelo Conselho Diretor anterior que, caso tivesse sido colocado em prática, teria evitado esta situação vexatória para esta diretoria, e desestimuladora para o conjunto dos trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato Daniel de Oliveira, que também é bancário do BRB.

“Com esta proposta, o banco parece que está buscando uma forma de turbinar a PLR a ser paga em setembro, já antevendo um resultado pífio do banco neste semestre em curso, como mostram os números do BRB até agora. Ou seja, cria uma insatisfação agora para tentar melhorar a imagem no segundo semestre, com uma forma curiosa, porém enganadora, de parecer que se teve um bom resultado”, critica o secretário de Estudos Socioeconômicos do Sindicato, Cristiano Severo, que também é bancário do BRB. 

O Sindicato, já nesta terça-feira (28), encaminhará juntamente com seu departamento jurídico, a busca de caminhos que possam assegurar o direito dos funcionários, especialmente referente à equivocada interpretação que fez com que esta diretoria se negasse a pagar a parte linear da PLR devida.

Nesta terça (28), também buscaremos uma reunião com o presidente do BRB, Vasco Gonçalves, para cobrar diretamente dele uma solução que não seja esta proposta ridícula, inclusive o de arguir se esta postura se coaduna com o alardeado novo tempo do governador Rollemberg, que, ao fim e ao cabo, é o responsável final por esta situação. Além disso, o Sindicato convocará os delegados sindicais para discutir esta situação, assim como outras referentes ao BRB, num trabalho crescente de mobilização que resulte no fortalecimento da capacidade de luta dos funcionários do BRB. 

Metas

Como efeito da cobrança feita pelo Sindicato de revisão das metas propostas para este semestre em curso, decorrente ainda do pagamento da PLR referente ao segundo semestre de 2014, impactada seriamente pelas metas inatingíveis daquele período, o BRB apresentou aos gerentes gerais, na quinta-feira (23), uma correção nas atuais metas. Tal correção foi apresentada ao Sindicato na quarta-feira (22).

“Cobramos do banco que estas correᄃões fossem ao encontro do que defendem os funcionários, especialmente os gerentes. Após a frustração relativa ao pagamento da PLR do segundo semestre de 2014, os bancários do BRB não podem ser surpreendidos novamente por situação semelhante, cuja origem se deu em função de metas irreais, propostas sem nenhum embasamento”, opina Cristiano Severo.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação

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