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28 de Fevereiro de 2014 às 15:56

28/02/2014 - Seeb/Brasília cobra mais segurança em agências de negócios do Itaú


itau(Brasília) - As agências de negócios, que o Itaú abriu em várias cidades do país, devem ter obrigatoriamente plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, conforme estabelece a lei nº 7.102/83. Não podem funcionar sem portas giratórias e sem vigilantes. As exigências foram feitas pelos representantes dos trabalhadores ao banco durante negociação realizada na tarde desta quinta-feira (27), em São Paulo.

A integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, representando o Sindicato e a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Louraci Morais, critica a insegurança nas agências de negócios do Itaú. “O banco tem que primar pela segurança e vida dos clientes e bancários. A instituição tem dispensado vigilantes dessas agências com a justificativa de que, quando não há transporte de numerário, eles não são necessários. Esse modelo de agência é extremamente arriscado e não vamos compactuar com isso”, afirma.

Em Brasília, também foi instalado esse novo modelo de agência de negócio no Shopping Pátio Brasil.

"Banco que não tem segurança é um convite para o ataque de assaltantes, cada vez mais ousados, aparelhados e violentos", alertou Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. Ele lembrou o assalto ocorrido no último dia 29 de janeiro, na agência de negócios de Londrina, onde os bancários ficaram aterrorizados e ainda tiveram os seus pertences roubados.

Risco para bancários e clientes

Wanderley disse que as agências de negócios possuem caixas eletrônicos e por isso há operações de abastecimento e saques de dinheiro, colocando em risco a vida de bancários e clientes. "Mesmo que não tivesse numerário, é preciso ter segurança, como tem aqui no prédio do CEIC e noutras dependências do banco, onde não há dinheiro, mas existem funcionários trabalhando", salientou.

Essas agências de negócios são, na verdade, agências tradicionais que tinham plano de segurança e foram transformadas para esse novo modelo de atendimento seletivo do banco, porém os equipamentos de segurança foram retirados. "A intenção do Itaú é reduzir custos para aumentar ainda mais o lucro, mas isso deixa bancários e clientes muito expostos e prejudica a imagem do banco", frisou Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, que também participou da negociação.


Modelo inseguro e excludente

Esse novo modelo excludente de agências do Itaú também foi criticado pelos dirigentes sindicais. Não existe bateria de caixas. O atendimento não é para todos os clientes, que ainda são direcionados para unidades próximas se precisarem de determinados serviços.

Os representantes do Itaú ouviram os dirigentes sindicais e disseram que segurança "é uma preocupação do banco" e ficaram de estudar o problema junto às áreas envolvidas do banco. Eles reconheceram que "segurança é um desafio" e se comprometeram a agendar nova negociação para o mês de março, onde irão trazer uma resposta.

"Esperamos que o banco recue e garanta segurança nas agências de negócios, protegendo a vida de bancários e clientes e prevenindo assaltos", avaliou Wanderley.

"O Itaú investe bilhões de reais em novas tecnologias, preocupado com a segurança na nuvem, mas ainda trata como despesa a segurança das pessoas, o que precisa mudar", enfatizou Ademir.

Retomada da pauta específica

O Itaú ficou de agendar uma negociação para o mês de abril sobre a retomada da pauta específica de reivindicações dos funcionários, que inclui questões como emprego, plano de saúde, reabilitação profissional, programa Agir e Plano de Cargos e Salários (PCS), dentre outras.

Fonte: Seeb/Brasília - Da Redação com Contraf-CUT

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