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27 de Setembro de 2013 às 09:09

27/09/2013 - Greve segue robusta na Ride e outro banco apela para prática antissindical


(Formosa-GO) - Apesar da prática antissindical de dois bancos privados, que passaram a atacar o direito de greve, meia centena de agências e postos de atendimento permanece com serviços paralisados, representando 85% da rede bancária dos 17 municípios da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride).

A agência do HSBC em Formosa (GO) só foi reaberta nesta quinta (26) por força de interdito proibitório, obtido pelo banco na Justiça. É o segundo banco a usar desse artifício para atacar o direito legal de greve dos trabalhadores. O outro é o Itaú, que conseguiu a medida na quarta-feira. A ação dos bancos visa intimidar os funcionários que estão parados e impedir a atuação do comitê de esclarecimento que há oito dias é bem sucedido na missão de obter adesão dos bancários à greve.

“Não será com esse tipo de ameaça aos grevistas e investida contra o nosso direito constitucional de fazer greve que os bancos conseguirão deter nosso movimento. Logo, os companheiros e companheiras desses dois bancos voltam a parar. Eles sabem que a greve é nosso último recurso para que os banqueiros atendam nossas reivindicações. A intensidade do movimento é uma demonstração clara de nossa insatisfação com as condições de trabalho atuais e da nossa indignação em relação à proposta de 6,1% de reajuste, que apenas repõe as perdas com inflação no último ano. Quanto mais os patrões ameaçam, mais adesão teremos à greve”, afirma Clever Bomfim, presidente do Sintraf-Ride.

Como os banqueiros continuam intransigentes, a assembleia conjunta dos bancários da Ride e de Brasília nesta quinta teve caráter organizativo, para fortalecer o movimento e os comitês de esclarecimento, com objetivo de aumentar ainda mais a paralisação e a pressão sobre os patrões. “Infelizmente, a greve é a única língua que os banqueiros conhecem. Os bancos formam o setor que mais fatura na nossa economia, nada contribuindo para a divisão da riqueza. Ao contrário, em vez de gerar emprego e renda, é o setor que mais demite e mais contribui para a desigualdade econômica no país”, critica Clever Bomfim.

A greve no Entorno, no DF e em outros nove Estados da região Centro-Norte do país atinge atualmente cerca de 1.200 agências e postos de atendimento bancário, segundo balanço da Fetec-CUT/CN. A greve prosseguirá até que o bancos apresentem proposta decente que represente aumento real de salários e de pisos, fim de metas abusivas, mais contrataᄃões, melhores condições de trabalho e segurança bancária, afirma o presidente da Fetec, José Avelino.

Fonte: Sintraf-Ride - Da redação


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