(Porto Velho-RO) - O ditado popular “quem não puxa saco, puxa carroça” nunca foi tão colocado em prática como vem sendo feito por um gestor da agência Caiari da Caixa Econômica Federal, em Porto Velho que, em tempos que a greve dos bancários completa nove dias e já fechou mais de 10.500 agências em todo o país, já sendo considerada a mais forte dos últimos anos, simplesmente age como se nada estivesse acontecendo e ainda desrespeita os bancários que estão fora da agência lutando por melhores condições salariais e de trabalho.
O gerente, segundo informações passadas ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), estaria renegando seus colegas que estão em greve e, numa demonstração de completo desdém com o movimento e, sobretudo, numa prova inconteste de peleguismo, resolveu abrir o atendimento a uma parcela de clientes que estariam sendo escolhidos ‘a dedo’ por ele.
“É, além de uma falta de respeito com os demais trabalhadores, uma afronta ao movimento e, mais do que isso, um descaso com a maior parte dos clientes e usuários daquela agência, já que este gestor estaria selecionando quem ele – e outros funcionários – iriam atender. Ou seja, é um erro grave, pois assim está fomentando a revolta dos grevistas e, sobretudo, estimulando a revolta dos clientes e usuários que acabam, nesta iniciativa, sendo preteridos e não atendidos”, avaliou o presidente do Sindicato, José Pinheiro.
O dirigente adiantou ainda que, caso esta postura de puxassaquismo, prática antissindical e de segregação com os clientes e usuários continue por parte do gestor, o Sindicato vai retirar os cartazes da greve e os trabalhadores da frente da agência e levar a conhecimento de toda a população que aquela agência está aberta para atendimento ao público em geral.
“Ora, se não quer fazer greve e ainda pretende atender a alguns clientes, então que abra a agência e atenda a todos”, concluiu Pinheiro.
“É com tristeza que vemos esse tipo de postura de alguns colegas que, em vez de nos ajudar, fortalecendo o movimento, se mostram praticamente como legítimas marionetes dos bancos. É realmente surpreendente e assustador como uma pessoa pode chegar ao ponto de atacar os demais colegas e seus representantes exatamente num momento em que deveria haver a unidade me prol de um bem comum”, lamenta o secretário geral do Sindicato, Euryale Brasil, que é funcionário da Caixa.
Fonte: Seeb/Rondônia - Rondineli gonzalez