(Porto Velho-RO) - A greve nacional dos bancários chegou ao seu nono dia nesta sexta-feira 27 e, com isso, já completa o mesmo tempo de duração da paralisação do ano passado. No entanto, ao contrário de 2012, até o momento os bancos não se manifestaram e permanecem em silêncio, ignorando os trabalhadores e, consequentemente, toda a população que já sente na pele os transtornos gerados com os serviços bancários inativos.

Até o final de ontem, quinta 26, os grevistas fecharam 10.586 agências e centros administrativos em todo o país, confirmando que essa greve já é a maior – em força de participação e unidades fechadas – dos últimos anos e deve continuar crescendo.

Em Rondônia o movimento conta com 135 agências fechadas em todo o Estado, um percentual de aproximadamente 80% de adesão.

Ontem o Comando Nacional dos Bancários se reuniu em São Paulo para fazer um balanço do movimento na primeira semana e decidiu ampliar a paralisação para forçar os banqueiros a apresentarem uma nova proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais dos trabalhadores.

O Comando também aprovou nota oficial reafirmando manifestando a disposição de negociação e responsabilizando os presidentes da Fenaban e dos seis maiores bancos pelo fechamento do diálogo com os bancários.

Os bancários exigem, além do reajuste de 11,93%, valorização do piso, mais contratações e fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades, pontos que servirão, acima de tudo, para melhorar o atendimento ao público.

“Voltamos a destacar, especialmente à população em geral, que a culpa da greve é unicamente dos bancos e, por isso, pedimos o apoio neste momento porque a greve é, também, para melhorar as condições de atendimento aos clientes e usuários dentro e fora das agências”, assinalou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

Fonte: Contraf-CUT