Andréia Cercarioli

(Campo Grande-MS)  O banco Bradesco de Campo Grande-MS e Região ajuizou ação de interdito proibitório contra o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região. Mesmo com o interdito, o SEEB-CGMS retardou hoje (27), por uma hora a abertura de todas as agências centrais do banco.

O banco e alguns gestores, inconformados com as constantes denúncias de assédio moral dos bancários ao SIndicato, contratou um fotógrafo durante a semana para tentar algum confronto com grevistas, tentando forçar uma situação que não existe. Na terça-feira (24), contrataram uma cartorária para fazer a carta notarial e tentou coagir a mesma para que registrasse alguma irregularidade que não existe.  Não contente por não ter conseguido seu objetivo, solicitou novamente a cartorária na quarta-feira (25), conseguindo então o interdito proibitório. Para os diretores do SEEB-CGMS, a atitude destes gestores é antissindical, pois a greve foi decidida pelos trabalhadores em assembleia geral.

O SEEB-CGMS, através de sua assessoria jurídica já está tomando as medidas cabíveis. Em hipótese alguma aceitará esse comportamento do banco e de seus gestores. O Sindicato já recebeu várias denúncias de ações praticadas pelos gerentes, como o de e assédio moral que ferem os direitos dos trabalhadores. O Sindicato vai continuar repudiando as suas práticas e lutando para que os direitos e a dignidade dos bancários do Bradesco sejam respeitados.

A diretora do SEEB-CGMS, Neide Rodrigues se reuniu com os funcionários do banco Bradesco e explicou sobre o interdito proibitório e sobre a avaliação do Comando Nacional dos Bancários, que se reuniu nesta quinta em São Paulo para fazer um balanço do movimento na primeira semana e que decidiu ampliar a paralisação para forçar os banqueiros a apresentarem uma nova proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais dos trabalhadores. O Comando também aprovou nota oficial reafirmando a decisão de intensificar a greve, manifestando a disposição de negociação e responsabilizando os presidentes da Fenaban e dos seis maiores bancos pelo fechamento do diálogo com os bancários.

Neide lamenta a decisão judicial e que o jurídico do sindicato está se empenhando para reverter esse quadro. “Querem tirar nosso direito, mas a mobilização continua e a greve é legítima. Estamos lutando contra o PL 4330, que terceiriza os trabalhadores, por melhores condições de trabalho, menores filas, menores tarifas e juros para melhor atender o cliente”, enfatiza a diretora Neide Rodrigues.

Denuncie!

Sindicato está recebendo várias denúncias de que alguns gerentes estão também telefonando e pressionando funcionários a retornar ao trabalho ou se apresentarem em outras unidades. Orientamos os trabalhadores a manter a greve e seguir instruções divulgadas no site (www.sindicario.com.br) e no Facebook (Sindicato Dos Bancários Cg-ms) do Sindicato. O bancário(a) que se sentir ameaçado deve entrar em contato com o departamento jurídico para entrarmos com ação de assédio moral por ameaça. Mesmo depois da greve estes casos serão analisados. Os nomes dos bancários, denunciante e denunciado, serão preservados.