(Belém-PA) - Nem o forte cheiro de fumaça que ainda exalava no Banco do Brasil da Pedreira após o princípio de incêndio na noite de ontem (25) ‘sensibilizou’ a direção da empresa a fechar a unidade nesta quarta (26) enquanto o local era vistoriado e limpo. Em troca, o BB disponibilizou máscaras para os bancários e bancárias que tiveram que permanecer no local realizando atividades internas. O atendimento ao público só não foi realizado porque o Sindicato impediu, para preservar a saúde de clientes, usuários e dos bancários.
“Se tivesse atendimento à população, as máscaras com certeza iriam atrapalhar a comunicação entre os bancários e clientes e seriam tiradas expondo ainda mais os trabalhadores e trabalhadoras. O ideal mesmo era os funcionários serem liberados, pra não correrem o risco de alguma doença respiratória ou alergia”, explicou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Segundo o Corpo de Bombeiros que também foi à agência fazer perícia, a fuligem da fumaça é prejudicial à saúde. Apesar do risco, tanto os Bombeiros quanto o Sesmt e a Gepes autorizaram a permanência dos bancários no segundo andar da unidade. Ainda de acordo com o major João Lélis, o laudo com a real causa do princípio de incêndio que atingiu uma das centrais de ar, do primeiro andar, deve sair em 15 dias.
Para o Sindicato, a falta de manutenção permanente nos sistemas de refrigeração pode ter contribuído para o incidente.
“Se essa manutenção fosse feita com frequência é bem possível que o princípio de incêndio pudesse ter sido evitado. Além das centrais de ar, os equipamentos eletrônicos das agências bancárias também devem passar pelos mesmos cuidados, pois ficam por horas ligados no dia, alguns nem podem ser desligados”, ressaltou o diretor do Sindicato, Victor Araújo.
A entidade também teve acesso à sala onde a central de ar foi atingida. No mesmo local, junto às fiações elétricas e equipamentos eletrônicos, estavam até uma motocicleta e uma lata de tinta.
“Felizmente o Corpo de Bombeiros chegou a tempo de controlar as chamas, se não as consequências poderiam ter sido piores, já que dois elementos de alta combustão estavam bem ao lado da central de ar. Na hora do princípio de incêndio, por volta das 19h, alguns bancários ainda estavam no local, outro grave problema, as horas extras além das 2h permitidas por dia em lei”, destacou outro diretor do Sindicato, Saulo Araújo.
A previsão é de que amanhã (27), o atendimento ao público e o funcionamento dos caixas eletrônicos voltem ao normal.
Fonte: Bancários PA