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A paralisação é por adesão, nesse primeiro dia cerca 700 bancários aderiram a greve. Amapaenses consideram que a greve prejudica a população
Por Gabriel Dias/aGazeta - Macapá-AP
(Macapá-AP) - Começou na manhã desta quinta-feira (19), a greve dos bancários que estava prevista desde o último dia 12 reivindicando reajuste salarial, melhores condições de trabalho, aumento do piso. No Amapá 45 agências bancárias já aderiram a paralisação amanhecendo com cartazes avisando a população sobre a greve.
A adesão não foi de 100% no primeiro dia. Como ocorreu em anos anteriores, ela deve crescer gradualmente. A paralisação é por adesão, nesse primeiro dia cerca 700 bancários aderiram a greve.
Os bancários reivindicam, principalmente, reajuste salarial de 11,93% --sendo 5% de aumento real, maior participação sobre lucros e resultados e "fim das metas abusivas" -- exigências de mínimo de venda de produtos do banco por seus funcionários.
Ainda, pedem um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) como sendo o mínimo para que o trabalhador possa pagar suas despesas básicas e de sua família.
Por sua vez, a proposta dos bancos é 6,1% de reajuste salarial, mantendo a mesma fórmula de participação nos lucros. A Federação dos Bancos (Fenaban) diz estar aberta à negociações com a classe bancária.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Amapá, Edson Gomes, explica que os bancários permanecerão em greve até que a Federação dos Bancos atenda às reivindicações dos trabalhadores. “Queremos melhores condições para trabalhar. Se o funcionário estiver satisfeito o cliente será melhor atendido, consequentemente”, afirmou.
Clientes
A opinião pública é bastante dividida com relação à paralisação, o funcionário público Leandro Fontes diz não concordar com a greve dos bancos e considera que ela prejudica a população. "Todo ano tem essas greves e eles sempre estão pedindo reajuste nos salários isso só causa transtorno e deixa as coisas bem mais complicadas no dia-a-dia", afirma o cliente do Banco do Brasil
O aposentado Fernando Nero foi pego de surpresa com a greve na manhã da quinta-feira. “Eu precisava sacar um dinheiro, mas a minha sorte é que vou conseguir fazer tudo pelo caixa eletrônico”, disse.
Para evitar eventuais encargos para o consumidor, sindicato dos bancários no Amapá aconselha este a ligar para a agência na qual possui conta para saber se ela aderiu à greve. Caso tenha aderido, procure saber se outra agência está operando. Lembrando que a greve não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras.
A classe bancária diz que a greve é por tempo indeterminado. “Só voltaremos a realizar os serviços quando tivermos o reajuste salarial, descontada a inflação dos últimos 12 meses, correspondente a 5% de ganho real”, explicou o presidente Edson Gomes.
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