Por Vera Paoloni - http://lapaoloni.blogspot.com.br/
Maio chegando ao fim e nesta segunda-feira 25, abordo 3 assuntos só do Banpará - Banco do Estado do Pará S.A., temas que estarão no Encontro Estadual dxs Bancárixs do Banpará que vai acontecer no dia 6 de junho, pois os 3 casos envolvem vida, salário, carreira e direitos do funcionalismo.
O primeiro, é a feitura dos critérios de promoção no PCS - Plano de Cargos e Salários, com promoção à vista já em janeiro de 2016 e sem nenhuma participação do Grupo de Trabalho do PCS. O segundo, trata do abandono, por parte do banco, que fica o bancário que é agredido dentro da agência por terceiros e o último, de entendimento equivocado sobre cláusula normatizada no acordo coletivo e que teve regulamentação restringindo e ferindo direitos contidos na norma (a cláusula 38 do nosso ACT- Acordo Coletivo de Trabalho).
Vou abordar um em cada post, mas os 3 pontos têm a ver com quem labuta no Banpará. Interligados com nossa vida, pois.
Sobre o PCS e a caixa preta na hora de definir critérios:
A consultoria Falconi ampliou seu leque de atuação no Banpará e, além da área de negócios e vendas, agora dá assistência para a área de recursos humanos, mais precisamente na formatação e critérios de avaliação de desempenho que criarão os indicadores para a promoção por merecimento. Traduzindo: está nas mãos da Falconi criar todos os critérios pra saber quem sobe na escada da carreira e salário e quem fica parado nos degraus.
Junto com a diretora administrativa, Márcia Miranda, a consultoria apresentou no dia 18 de maio/15 (sexta-feira à tarde) ao GT.PCS um cronograma de trabalho dividido em 3 fases:
-fase 1: Avaliação e Classificação de Cargos e Funções (pra ficar pronto até final de junho/15);
-fase 2: Construção de Estrutura de Remuneração (pra ficar pronto até 15 de agosto/15);
- fase 3: Avaliação de Estrutura de Remuneração (taé final de agosto);
- fase 4: Divulgação e implantação do PCCS: até final de agosto/15.
A proposta da diretora Marcia e da consultoria é preparar uma fase, validá-la com o GT.PCS e seguir adiante, ponto vigorosamente contestado pelas representantes dos trabalhadores o GT,pCS. Como validar algo que não se participa, mesmo sendo o GT.PCS quem mais deveria estar junto e participando?
Zero participação - Nenhuma pessoa do GT.PCS, que é um Grupo Paritário e atrelado ao ACT - Acordo Coletivo de Trabalho, participa dessa formatação de critérios, o que se confirgura numa total falta de transparência, em assunto tão complexo e tão definidor sobre quem sobe e quem fica estacionado na acrreira, na promoção e no salário. Por que essa caixa preta?
Em janeiro/2016, teremos direito a uma promoção por merecimento e dos mais de 1.500 bancárixs, pelo menos mil têm direito à promoção. O GT-PCS, Grupo de Trabalho Paritário do PCS - Plano de Cargos e Salários elaborou uma proposta de critérios de avaliação e encaminhou, em 2 dezembros (2013 e 2014) para a Diretoria Administrativa - DIRAD, uma proposta global para a qual não teve resposta. Detalhe: o grupo é formado por 3 pessoas eleitas pelo funcionalismo (Vera Paoloni, Érica Fabíola e Odinéa Gonçalves) e 3 representados pelo banco.
Para a promoção de janeiro 2016 já está contando o período de 2 anos de interstício, ou seja, estamos a pouco mais de 7 meses da nova promoção, o GT.PCS entregou 2 propostas ao banco, não se sabe se algum item foi aceito, a vida e a carreira do funcionalismo estão sendo desenhados por uma consultoria e o grupo de trabalho, as entidades sindicais estão fora do processo.
A pergunta é aquela que Sherlock Holmes sempre se fazia diante de um rolo a desvendar: "a quem interessa o crime"? Ou atualizando pros nossos dias: por que essa caixa preta na hora de desenhar funções, cargos e critérios pra subir na escada da carreira e do salário? Será que a falta de transparência indica a pretensão de deixar de fora da promoção de janeiro 2016 a maioria do funcionalismo?
O GT.PCS só existe, aliás tudo do PCS no Banpará só existe porque houve muita luta, muita greve e bateu até na justiça pra se resgatar algum direito ao funcionalismo. Então, é no mínimo esquisito que na hora de ver critérios, não haja um debate amplo e com a participação de quem está no GT.PCS, entende do riscado, conhece o mundo do trabalho. A orelha de todo mundo fica cheia de pulgas imaginando por que um trabalho feito a 7 chaves se tem a ver com a vida, carreira e salários de todo o funcionalismo.
Como vocês percebem, taí uma boa causa pra esta campanha de 2015! Porque direitos não se confisca, direito se amplia. Nenhum direito a menos!