Brasília - Depois de três dias de greve, os vigilantes do Distrito Federal presentes na assembleia, realizada na tarde desta sexta-feira (23), decidiram retornar ao trabalho. Eles aceitaram a proposta de reajuste salarial de 7,5%, tíquete-alimentação de R$ 28,00 (ganho de 21,7%) e plano de saúde de R$ 125,00.
Os trabalhadores também conseguiram a preservação da cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho que garante estabilidade provisória aos vigilantes que, devido a problemas de saúde, afastam-se do trabalho por 60 dias ou mais, e a proibição do vigilante horista.
As negociações tiveram intermediação da Procuradoria Geral do DF e do próprio GDF, além do apoio do Ministério Público do Trabalho, uma vez que os patrões se mostravam intransigentes.
Mais uma vez, os vigilantes mostraram a força da categoria. Durante a greve de apenas três dias, bancos fecharam, hospitais e postos de saúde tiveram que alterar o atendimento e outros órgãos funcionaram precariamente.
Durante a greve dos vigilantes, o Sindicato dos Bancários de Brasília recebeu centenas de denúncias sobre o funcionamento de agências sem a presença de vigilantes, o que é proibido por lei. Com base nas reclamações, a entidade sindical percorreu todo o Distrito Federal, fiscalizou as agências, realizou reuniões com trabalhadores e clientes, e atuou junto à Polícia Federal. O Sindicato também enviou ofícios e fez reuniões com representantes dos bancos, e prestou diversos esclarecimentos à imprensa.
A atuação do Sindicato dos Bancários de Brasília contribuiu para impedir o descumprimento da lei 7.102/83, que veda o funcionamento das agências bancárias sem a presença de vigilante, e ajudou no resultado final da greve.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília