(Belém-PA) - Os bancários e bancárias de todo o Pará chegam ao sétimo dia de greve, nesta quarta-feira (25), com força total e cada vez mais dispostos a só retornarem ao trabalho quando os banqueiros apresentarem uma proposta decente, que de fato atenda às reivindicações da categoria.
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“Todos os bancários e bancárias do Pará que estão de braços cruzados estão de parabéns, pois é assim que a nossa luta por melhores salários e condições de trabalho se fortalece. E para quem ainda não está na greve, saiba que se hoje a nossa categoria tem aumentos reais de salários e demais verbas, valorização do piso, da PLR, entre outras conquistas, foi graças à mobilização da categoria em greves passadas. É a disposição de luta de cada trabalhador que faz a diferença. O Sindicato disponibiliza toda a estrutura, com faixas, adesivos e camisetas. VEM PRA LUTA!”, reforça a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.
Assédio no Banpará - Hoje o Banco do Estado tentou, mais uma vez, intimidar o movimento de greve. A presidenta da Afbepa relatou que foi agredida por uma pessoa contratada pelo banco para fotografar a mobilização da categoria na matriz da instituição, com alegação de que as imagens seriam utilizadas para um processo judicial do banco. A presidenta da Associação dos Funcionários do Banpará negou o direito de sua imagem e, então, houve conflito físico, o qual foi registrado em boletim policial pela dirigente da Afbepa.
O Sindicato lamenta a postura do Banpará, que deveria se preocupar em apresentar uma proposta que tire seu funcionalismo da greve e não tentar produzir provas para barrar o movimento.
Passeata em Santarém - No oeste do Pará, o sétimo dia de greve foi de passeata dos bancᄀrios e dos funcionários dos Correios que também estão em greve em Santarém. Os trabalhadores e trabalhadoras percorreram os principais corredores financeiros do município para mais uma vez esclarecer a população dos motivos da paralisação por tempo indeterminado.
“Se decidimos cruzar os braços foi por culpa dos banqueiros, que não estão nem aí para seus funcionários, clientes e usuários. São as nossas custas que eles lucram e enriquecem cada vez mais, porém na hora de dar o retorno que merecemos, eles dizem não" lembra o diretor do Sindicato na região, Joacy Belém.
O dirigente sindical também condena a postura oportunista dos bancos quando os bancários mais precisam de auxílio. "Se a agência é assaltada, o banco busca meios de culpar o trabalhador. Quando oferecemos um serviço para o cliente, os bancos sempre trazem junto uma tarifa bastante exagerada. Se o bancário fica doente, o banco logo arruma um jeito de demitir e colocar outro no cargo", critica.
Joacy Belém também justifica a greve da categoria bancária em defesa da sociedade como um todo. "Se o cliente é de baixa renda e quer pagar uma conta, o banco sempre orienta a fazer o serviço em casa lotérica. São por esses e outros motivos que a população tem que nos compreender e apoiar a nossa luta”,
Sul e sudeste firmes na greve - Em Marabá e região, a categoria também fortalece a pressão contra a ganância dos banqueiros e não se intimida nem com a polícia que foi chamada para ameaçar os trabalhadores e trabalhadoras que garantiam a greve na agência Nova Marabá do Banco do Brasil.
“Os policiais estavam fortemente armados e quando chegaram foram obrigando todo mundo a se retirar do piquete. O gerente, junto com eles, intimidava os bancários a entrar na agência para trabalhar. Infelizmente é assim que os banqueiros agem, enquanto deveriam negociar com a categoria. Já a polícia tem o dever de zelar pela segurança pública. Essa é a única agência do Banco do Brasil que está aberta aqui em Marabá, os demais bancos públicos e privados permanecem fechados, pois estamos lutando por nós e pelo futuro de nossas famílias e o bem estar dos clientes e usuários que merecem atendimento de qualidade”, diz a diretora do Sindicato na região, Heidiany Moreno.
Ganhamos apoio no Congresso - Nesta quarta-feira (25) o deputado federal Cláudio Puty (PT-PA) fez pronunciamento no plenário da Câmara, onde se solidarizou com a greve nacional da categoria bancária. Para o parlamentar, além dos problemas salariais, o maior desafio da categoria é a “triste moda de os bancos públicos tentarem mimetizar o que há de pior nos bancos privados: uma gestão altamente tecnocrata, com nível de assédio moral inacreditável”.
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Imagens da greve: Clique aqui e veja imagens desse 7º dia de greve em todo o Estado. Mande fotos da greve na sua cidade para comunicacao@bancariospa.org.br ou compartilhe em nossas redes sociais.
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Fonte: Bancários PA