Brasília - A tragédia anunciada pelo Sindicato da falta de trabalhadores na Caixa Econômica Federal trouxe novas vítimas na sexta-feira (15). Um empregado e um segurança da agência Hélio Prates, localizada na região administrativa de Taguatinga, foram agredidos por um cliente que estava exaltado pela demora no atendimento.
No momento do incidente, apenas uma pessoa estava no caixa fazendo atendimento à população. O Sindicato já denunciou o problema da falta de funcionários na agência Hélio Prates, bem como em diversas outras das regiões administrativas do Distrito Federal.
“O Sindicato compareceu à agência logo após o ocorrido. Em seguida, procurou a Superintendência Regional da Caixa acompanhado de representantes da segurança e do jurídico da empresa. Os empregados receberam todo o apoio da empresa, inclusive de psicólogo da área de recursos humanos. Um boletim de ocorrência foi registrado e não serão poupados esforços para que o agressor pague por seu ato. No entanto, isso não impedirá que outras agressões venham acontecer. Se a Caixa não rever sua política de dotação para as agências recém-inauguradas, os empregados continuarão expostos”, afirmou o secretário de Formação do Sindicato, Antonio Abdan, que também é empregado da Caixa.
“São entre 7 e 8 empregados para tocar uma agência, o que é insuficiente. Compromete a qualidade de vida, adoece o empregado, estressa o cliente e gera situações como a ocorrida na agência Hélio Prates. Não vamos mais tolerar isso. A Caixa precisa contratar mais empregados”, acrescentou o dirigente sindical.
Mais contratações
A luta do Sindicato por mais contratações é antiga e constante, já que os empregados da Caixa se encontram em um quadro de estresse com agências superlotadas. Um protesto organizado pelo Sindicato em 27 de fevereiro deste ano nas unidades das avenidas Comercial Norte e Hélio Prates já denunciava a situação e cobrava da Caixa mais contratações urgentes.
“A região onde fica a agência Hélio Prates é de muita movimentação com a proximidade da Feira dos Goianos e do Setor de Oficinas. A Caixa sabe da dimensão do problema e da necessidade de mais contratações. Não é de hoje que cobramos da empresa uma solução para o problema”, afirmou o secretário de Comunicação e Divulgação do Sindicato, Adilson Sousa, que também é empregado da Caixa.
Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília