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25 de Fevereiro de 2015 às 17:23

25/02/2015 - SEEB/Brasília promove evento sobre prevenção das LER/Dort nesta quinta(26)


Brasília - Sabendo da importância da conscientização e do combate às LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), o Sindicato promove em sua sede (EQS 314/315), nesta quinta-feira 26, às 19h, a palestra: “LER/Dort: Prevenir é a melhor solução”.

Com a participação do médico Márcio Moreira Salles, especializado em Medicina do Trabalho pela Fundacentro e mestre em Psicologia Social e do Trabalho pela UnB, o encontro tem como objetivo esclarecer acerca da prevenções, do tratamento e da readaptação diante das LER/Dort, uma das principais responsáveis pelo grande número de casos de afastamentos na categoria bancária.

 

Para se ter uma ideia, apenas em 2013 foram 18.671 trabalhadores afastados, um crescimento de 41% em relação aos cinco anos anteriores. Para Wadson Boaventura, secretário de Saúde do Sindicato, os números são altos principalmente pelo modelo organizacional dos bancos, pois o que mais se preza é a obtenção de lucro, deixando o quesito saúde e bem-estar em último plano.

Reabilitar é preciso

Um dos graves problemas enfrentados por quem é acometido pelas LER/Dort é a falta de uma política de reabilitação profissional nas empresas, o que muitas vezes obriga as vítimas a retornarem aos postos de trabalho nos quais adoeceram sem qualquer modificação. O resultado é que, além de causar incapacidade para o trabalho em razão das fortes dores causadas, esse quadro pode em alguns casos gerar invalidez permanente.

Não bastasse isso, as lesões e os distúrbios associam-se a problemas de saúde mental, pois a dor constante e a discriminação sofrida - já que normalmente suas sequelas não são visíveis - acarretam distúrbios emocionais tais como depressão e síndrome do pânico.

 

“A cura, o tratamento e a reabilitação das LER/Dort são muito demorados, demandam um alto custo financeiro, e quase sempre seu quadro é irreversível. Por isso a prevenção continua sendo o melhor instrumento para combater esse mal”, afirma o presidente Eduardo Araújo, destacando o trabalho do Sindicato voltado tanto para alertar os bancários sobre a importância da prevenção quanto da reabilitação. “O Sindicato disponibiliza psicólogos e grupos de apoio para acolher os bancários vítimas dessas doenças”.

 

“Tive problemas físicos que ocasionaram também danos psicológicos, que me deixaram afastada por 6 anos da profissão bancária. O apoio jurídico e principalmente psicológico que o Sindicato me ofereceu resultaram em uma boa readaptação ao trabalho”, afirmou Maria*, funcionária do Banco do Brasil. Para ela, o evento desta quinta-feira vai ajudar bastante outros bancários.

*Nome fictício para preservar a identidade da bancária

Janaina Scartazzini
Colaboração para o Seeb Brasília

 


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