A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) protocolaram na tarde desta terça-feira (24) uma carta no Ministério da Justiça, solicitando uma audiência com o ministro José Eduardo Cardozo, "dentro da maior brevidade possível, para discutirmos as mortes de trabalhadores, clientes, policiais e outras pessoas em assaltos envolvendo bancos em todo o país".
O documento foi encaminhado logo depois da divulgação em entrevista coletiva na sede da CNTV, em Brasília, da pesquisa nacional de mortes em assaltos envolvendo bancos em 2014, elaborada pelas duas confederações, com apoio técnico do Dieese. Uma cópia do levantamento, que apontou 66 assassinatos no ano passado, foi anexada no ofício ao ministro.
> Clique
aqui para ver os gráficos e tabelas da pesquisa.
"Queremos analisar com Vossa Excelência os dados da Pesquisa Nacional de Mortes em Assaltos envolvendo Bancos, referente ao ano de 2014, mostrando a ocorrência de 66 assassinatos no ano passado, um a mais que no ano anterior", apontam as entidades.
A pesquisa, iniciada em 2011, apurou nesse período de quatro anos a morte de 237 pessoas em assaltos envolvendo bancos. "Não podemos ficar omissos e indiferentes diante dessas verdadeiras tragédias, que acabam com os sonhos e as esperanças de centenas de brasileiros e brasileiras", ressalta a Contraf-CUT e a CNTV.
"Tomamos conhecimento, por meio da imprensa, de que nesta quarta-feira, dia 25, Vossa Excelência concederá audiência para o Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Mores, para debater a proposta de alteração da legislação com o objetivo de proibir a fabricação de dinamite, visando enfrentar a onda de explosões de caixas eletrônicos", salientam as entidades.
"Esperamos sermos também recebidos e podermos dialogar com Vossa Excelência, a fim de podermos apresentar as propostas dos vigilantes e bancários para combater as mortes em assaltos envolvendo bancos, que se repetem ano a ano sem que nenhuma força-tarefa seja montada para proteger a vida das pessoas e mudar essa triste realidade", concluem as entidades.
Fonte: Contraf-CUT e CNTV