Porto Velho RO - Os sindicatos dos bancários em todo o país realizam nesta quinta-feira, 25/9, assembleias gerais com seus filiados para deliberar sobre a greve nacional dos bancários, por tempo indeterminado, que começa na próxima terça-feira, dia 30.
É essa a orientação feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) para os 134 sindicatos associados depois que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou, na última sexta-feira, em São Paulo, na sétima rodada de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2014, a proposta de reajuste de 7% para salários, vales e auxílios (aumento real de 0,61%) e, para o piso, recomposição seria de 7,5% (ganho real de 1,08%).
Os bancários reivindicam 12,5% de reajuste, piso de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá.
“Além desses índices serem bem abaixo do que reivindicamos, os bancos voltam a ignorar itens importantes da pauta de reivindicações, como o fim das demissões, da pressão por metas abusivas, das metas que mudam todos os dias, o fim da sobrecarga de trabalho, o fim do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades”, avalia José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
Em Rondônia a assembleia geral para decidir a greve acontece na sede do SEEB-RO, situada na avenida Gonçalves Dias, nº 110, no Centro de Porto Velho, com primeira chamada às 17h30 e segunda chamada às 18 horas.
As principais reivindicações dos bancários
* Reajuste salarial de 12,5%.
* PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
* 14º salário.
* Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês (salário mínimo nacional).
* Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
* Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
* Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
* Fim das metas abusivas.
* Combate ao assédio moral.
* Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.
* Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.
* Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
* Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
* Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: SEEB/Rondônia