(Dourados-MS) - Os bancários têm atendido ao pedido do Sindicato de Dourados e Região participado da greve nacional. O crescimento da adesão ao movimento não deixa mentir. Nesta terça-feira (24/09), sexto dia de paralisação, mais 09 agências ficaram sem atendimento ao público, totalizando 45 agências paralisadas. No País já são 9.665 agência fechadas.
Segundo Janes Estigarribia, presidente do sindicato, “com a adesão nesta segunda, das cidades de Caarapó, Rio Brilhante e Jatei, além de Dourados, Itaporã, Maracajú, Fátima do Sul e Douradina que já estavam em greve, estamos muito perto de atingir nosso objetivo de termos 100% das agências de nossa base paralisada, como já ocorreu em anos anteriores”.
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Truculência no Banco do Brasil
O ponto negativo registrado neste sexto dia de greve foi à postura truculenta do gerente do Banco do Brasil de Caarapó que, na tentativa de intimidar os sindicalistas e amedrontar sua equipe de trabalho, chamou a polícia civil, num claro desrespeito aos bancários de todo o país que aprovaram a greve democraticamente em assembleias. No caso de Dourados e Região, a paralisação foi decidida e aprovada por mais de 80% dos bancários presentes. Porém a ação desastrada do gestor não surtiu efeito e a agência permaneceu fechada durante todo o dia.
Para o Diretor Jurídico do Sindicato e funcionário do BB, Carlos Longo, “essa postura vai na contra mão da democracia e caracteriza-se como prática antissindical, além de ser uma tentativa de cercear o direito dos funcionários a livre manifestação e o direito de greve, garantido na Constituição Federal, em seu artigo 9º e a Lei nº 7.783/89, que asseguram o direito de greve a todo trabalhador brasileiro”.
O Sindicato lamenta o episódio e a tentativa do Banco do Brasil de macular um movimento que chega ao seu sexto dia sem incidentes em nenhum outro banco, transcorrendo pacificamente e na mais plena tranquilidade em toda a sua base. Vale lembrar que o movimento só foi deflagrado depois de esgotadas todas as tentativas de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
“Diante da ausência de proposta, a categoria continua de braços cruzados. A greve seguirá por tempo indeterminado, independente da vontade dos gestores do Banco do Brasil, até que os banqueiros marquem uma negociação e apresente uma proposta decente à categoria”. Afirma o Presidente do Sindicato, Janes Estigarribia.
Fonte: Seeb-Dourados e Região, por Joacir Rodrigues