Crédito: Giuliano Lopes
A greve nacional dos bancários chegou nesta terça-feira (24) ao sexto dia e a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Iaci Azamor (foto), ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.
Ela explicou os motivos da paralisação e pediu também apoio da Casa contra o Projeto de Lei 4330/2004, que está na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), da Câmara dos Deputados.
O segundo secretário, deputado estadual Pedro Kemp (PT), apresentará uma moção nesta quarta-feira (25), em nome da Assembleia Legislativa, apoiando as reivindicações.
De autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), o PL 4330/2004 permite a terceirização das chamadas atividades-fim. Ou seja, se o projeto que se arrasta há nove anos no Congresso for aprovado, bancos poderão terceirizar bancários da mesma forma que hospitais terceirizariam médicos.
Hoje, o único instrumento no País que regula a terceirização do setor privado é a Súmula 331, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), proibindo a terceirização para a atividade-fim da empresa. O TST só admite terceirização para atividades-meio e serviços complementares, como vigilância, alimentação, conservação e limpeza.
Segundo Iaci, a proposta em tramitação no Congresso Nacional coloca em risco o emprego formal de 40 mil bancários e de profissionais de outros segmentos.
A dirigente sindical ainda destacou as principais demandas da Campanha 2013. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860, além de emprego, mais segurança, fim das metas abusivas e do assédio moral, e igualdade de oportunidades.
Mais de 9 mil agências bancárias estão fechadas em todo o Brasil por força da mobilização da categoria.
Fonte: Paulo Fernandes - Seeb Campo Grande