(Belém-PA) - A luta por melhores salários e condições de trabalho dos bancários e bancárias continua em todo o país. Nesta segunda-feira (23), a greve completou cinco dias e a adesão aumentou em todo o Pará.
Em Belᄅm e Região Metropolitana, todos os bancos públicos e privados amanheceram de portas fechadas. No interior do Estado, mais de 80% das agências bancárias também estão com as atividades suspensas por tempo indeterminado. Apenas os caixas eletrônicos funcionam. No total, já são 351 agências em greve.
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As concentrações em frente às agências começam bem cedo, e para aguentar o sol forte... barracas, protetor solar, bonés e muita água para hidratar, além da solidariedade de clientes e usuários que compreendem e apóiam a luta da categoria.
Luta que passa de geração em geração
Bancários e bancárias aposentados também fortalecem o movimento grevista. Altair Carneiro, que também foi diretor do Sindicato, lembra com orgulho as greves passadas que renderam importantes conquistas para toda a categoria.
“A minha primeira greve foi no período da ditadura. Ficava na linha de frente e só voltava a trabalhar depois que a greve acabava, pois sempre tive a consciência de que só com a greve é que transformamos nossos sonhos em realidade. Não basta só reclamar pelos cantos, tem que ir à luta”, explica Altair Carneiro.
Banco do Brasil perde interdito
O Banco do Brasil ajuizou pedido de liminar de interdito proibitório contra o movimento de greve da categoria bancária no Pará, mas o banco teve seu pedido indeferido na justiça do trabalho. Portanto, as mobilizações de greve na porta das agências do BB estão mantidas por tempo indeterminado.
Negociação com o Banpará foi transferida
O quinto dia de greve deveria ser também dia de negociação com a direção do Banpará que até agora, assim como a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), não apresentou nenhuma proposta decente e cancelou em cima da hora a reunião que já estava agendada antes de a greve começar. Porém, o banco resolveu cancelar a reunião prevista para a tarde dessa segunda-feira e transferiu para a próxima quinta-feira (26).
“Fomos muito claros com o Banpará ao afirmar em mesa de negociação que é questão de honra para o nosso movimento a retomada do tíquete extra. Se o banco não apresentar uma proposta concreta em resposta à minuta do seu funcionalismo e que contemple a questão do tíquete extra, a greve seguirá por tempo indeterminado no Banpará”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Orientações contra assédio
O Sindicato tem recebido muitas denuncias de assédio em bancos públicos e privados para desmobilizar nosso movimento grevista. Neste momento, é importante que todos os bancários e bancárias se unam à causa e lutem contra a intransigência dos banqueiros, que até agora não sinalizaram nenhuma nova rodada de negociação, pelo contrário, ameaçam quem está exercendo seu direito legítimo de reivindicar melhores salários e condições de trabalho.
Se você bancário e bancária está sendo vítima desse tipo de assédio, denuncie ao Sindicato imediatamente para que possamos tomar as medidas cabíveis.
SUA AGÊNCIA PAROU?
Informe para gente e mande fotos para nossa galeria de imagens. Vamos mostrar para os banqueiros a força da nossa luta em todo o Pará. As informações e imagens podem ser enviadas por e-mail para o endereço comunicacao@bancariospa.org.br ou pelas nossas redes sociais. No Twitter: @sindibanpa; e no Facebook: /bancariospa
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Fonte: Bancários PA