(Formosa-GO) - Trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro realizam às 16h desta terça (24) manifestação diante do Ministério do Planejamento para exigir que os bancos públicos e a Fenaban, a federação dos banqueiros, reabram negociações com apresentação de uma proposta que realmente atenda as reivindicações da categoria. O ato será realizado em conjunto com trabalhadores dos Correios, que também estão em greve desde a semana passada, depois de rejeitarem proposta insuficiente apresentada pela empresa estatal.

Assim como os bancários, os trabalhadores dos Correios estão parados nas principais cidades do país e enfrentam a intransigência patronal. Ambas as categorias reivindicam aumentos reais de salário, mais contratações, melhores condições de trabalho e mais segurança.

A assembleia conjunta dos bancários da Ride e do Distrito Federal foi realizada no final da tarde desta segunda na Praça do Cebolão, em Brasília. A greve dos bancários entrou na segunda semana, com maior adesão. Três em cada quatro agências bancárias dos 17 municípios da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Entorno (Ride) foram atingidas pela greve dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema financeiro neste terceiro dia de paralisação nacional.

“Nós, bancários e bancárias, estamos reafirmando nossa capacidade de luta. Os banqueiros provocaram e pagaram pra ver, nos insultando com uma proposta que só repõe a inflação, negando aumentos reais e de piso, fim das metas abusivas, mais empregos e melhores condições de trabalho. Vamos continuar parados até os patrões cederem, pois eles têm plenas condições de atender nossas justas reivindicações, pois compõem o setor que mais lucra na economia brasileira”, afirma Clever Bomfim, presidente do Sintraf-Ride.

Além de pressionar governo e os bancos públicos, “é importante seguir aumentando a mobilização e adesão à greve, convencendo colegas a se juntarem ao movimento, paralisando as demais agências, e conversando com a população para mostrar que a luta dos bancários objetiva também a melhoria do atendimento aos usuários e clientes”, recomenda o presidente.

Orientações para a greve

• A Constituição e a Lei de Greve (7.783/89) garantem o direito à greve.
• A greve é de todos, mas é importante que cada bancário faça a sua parte para a categoria alcançar seus objetivos.
• Denuncie ao Sindicatoo assédio moral e a coação dos bancos para furar a greve ou trabalhar em outro site ou por acesso remoto.
• Se você for convidado para trabalhar durante a paralisação, não aceite. É contra a lei de greve. Grave o registro da mensagem de celular, com hora e data e encaminhe ao Sindicato.
• Trabalhar em casa durante a greve, além de desrespeitar e enfraquecer a luta dos seus colegas, pode trazer problemas jurídicos, uma vez que isso não está previsto no contrato de trabalho.
• Os bancos vão tentar confundir a categoria. Acredite apenas nas informações divulgadas pelo Sindicato.
• Caso a polícia ou oficial de Justiça apareça, permaneça na agência sem fazer o confronto. Exija a identificação do oficial de Justiça, leia o ofício na íntegra, anote dados e comunique o coordenador e o Sindicato imediatamente.
• Convença os colegas bancários sobre a importância da greve e da unidade da categoria. Convença-os a participar das manifestações em agências de outros bancos.
• Informe os clientes dos motivos da greve, da exploração e desrespeito dos bancos com clientes e população. Procure ajudar a clientela.
• Permaneça no comitê de esclarecimento pelo menos até as 16 horas.
• Vá às atividades, reuniões e assembleias convocadas pelo Sindicato. Elas são importantes para debater e fortalecer a estratégia de mobilização para pressionar os banqueiros.

Tenha sempre em mãos o telefone do Sintraf-Ride: 3631-3525

Fonte: Sintraf-RIDE