(Dourados-MS) - Os bancários de Dourados e Região dão mostras de força e determinação. A semana começou a todo vapor, a greve entrou no seu 5º dia e continua como uma das mais fortes dos últimos anos. Na base do Sindicato, a paralisação foi ampliada e, além de Dourados, Maracajú e Douradina, os bancários de Fátima do Sul e de Itaporã também cruzaram os braços. Em todo o País já são 9.015 mil agências e centros administrativos de bancos públicos e privados.
Na base do Sindicato de Dourados e Região o número de agências paralisadas nesta segunda-feira (23/09) chegou a 36, ante as 30 da semana passada. “O nosso objetivo é atingir nos próximos dias 100% de paralisação nas agências, nos 13 municípios de nossa base, que compõe, além das cinco cidades que já aderiram ao movimento, ainda, Caarapó, Juty, Vicentina, Jatei, Glória de Dourados, Deodápolis, Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul”, informa o Presidente do Sindicato, Janes Estigarribia.
Ainda segundo Janes, “Os números mostram o engajamento dos bancários na busca por melhorias efetivas. A categoria é uma das que mais sofrem com o assédio moral e, consequentemente, com as doenças ocupacionais. Para se ter ideia, no ano passado, 21.144 trabalhadores foram afastados por problemas de saúde, 25,7% por transtornos mentais, segundo o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)”.
Os funcionários também lutam pela desconcentração da riqueza. Apesar de ser a sexta economia do mundo, o Brasil ocupa o vergonhoso 12º lugar na lista dos países mais desiguais do planeta. No sistema financeiro, a desigualdade é ainda maior.
No Itaú, por exemplo, os executivos recebem, em média, R$ 9,05 milhões por ano, ou seja, 191,82 vezes o piso do bancário. No Santander, a diferença também é absurda. Enquanto um diretor embolsa R$ 5,6 milhões anualmente, o caixa recebe R$ 1.519,00 por mês, ou seja, R$ 18.228,00 por ano.
Fonte: Seeb-Dourados e Região, por Joacir Rodrigues