Brasília - A negociação ocorrida nesta quarta-feira (22) entre o Sindicato dos Bancários de Brasília e o BRB sobre o impasse acerca do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao 2º semestre de 2014 foi frustrante. O banco não apresentou nenhuma proposta dentro da reivindicação apresentada – a de pagar, sob qualquer título, uma compensação pelo esforço das bancárias e bancários –, que trabalharam arduamente, porém, não conseguiram atingir uma meta absolutamente impossível, fruto de um cenário muito ruim, que a instituição financeira ignorou por completo e cujas metas se negou a rever.
“O clima no BRB está péssimo. Esperávamos uma proposta que dialogasse com os anseios do conjunto dos funcionários. Porém, nada foi apresentado. É triste, pois, a esperança depositada na nova gestão vai sendo minada por atitudes equivocadas como esta”, afirmou o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa, que também é bancário do BRB.
Avaliação inconsistente
O Sindicato apresentou ao banco a inconsistência na avaliação que o fez adotar a postura de não pagar a parte linear da PLR, e mais uma vez reiterou a reivindicação do pagamento de uma compensação referente à parte variável da PLR, não paga única e exclusivamente em função de as metas não terem sido ajustadas.
O banco se comprometeu a rever a avaliação que resultou no não pagamento da parte linear da PLR e a apresentar até a próxima segunda-feira (27) uma proposta que dialogue com os funcionários que aguardam uma postura do banco mais condizente com a esperança depositada nesta gestão.
“O resultado ruim do banco decorre de erro estratégico de gestão, e de provisionamentos que fogem à alçada de qualquer funcionário que se esforça diariamente para atingir sua meta. Este esforço tem de ser recompensado. Um programa de PLR tem de ser um incentivo, e não um elemento de decepção e desencorajamento”, destacou o diretor do Sindicato Daniel de Oliveira, que também é bancário do BRB.
Na próxima segunda (27), haverá nova negociação com o BRB, ocasião que o Sindicato espera uma proposta definitiva. Caso não ocorra isto, certamente o Sindicato trilhará outro caminho na busca da defesa intransigente dos direitos dos funcionários.
“Temos de estar preparados, para o que for necessário, em busca daquilo que é nosso de direito. Não vamos arrefecer. É nossa dignidade que está em jogo”, concluiu o secretário de Estudos Socioeconômicos do Sindicato, Cristiano Severo, bancário do BRB.
SEEB/Brasília - Da Redação
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