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23 de Setembro de 2013 às 14:05

23/09/2013 - No quinto dia de Greve Nacional 96 agências fechadas em Rondônia


(Porto Velho-RO) - A greve dos bancários em 2013 está sendo marcada pela forte adesão dos trabalhadores que, já na sexta-feira, 20, segundo dia da paralisação, fecharam 7.282 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todo território nacional, conforme balanço realizado pela Contraf-CUT com base nos dados enviados pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional da categoria. Foi um crescimento de 18,5% na greve em relação à quinta-feira, quando 6.145 unidades haviam sido fechadas.

Em Rondônia também há crescimento constante na adesão dos bancários. Se no primeiro dia 82 das 130 agências no Estado estavam fechadas, na sexta-feira, 20, o número pulou para 94 e já nesta segunda-feira, quinto dia da greve, mais duas agências foram fechadas no interior.

Em Porto Velho todas as agências estão fechadas, inclusive dos bancos privados onde, historicamente, os movimentos paredistas encontravam maior resistência. Um café da manhã foi oferecido pelo Sindicato aos grevistas, na Praça Getúlio Vargas, no Centro da capital, e a presença maciça dos funcionários comprovou a mobilização da categoria em favor de índices mais justos e melhores condições de trabalho.

De acordo o presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), José Pinheiro, o movimento é feito exatamente desta forma, com o crescimento dia após dia.

ワNo primeiro dia já tivemos um número expressivo de agências fechadas, mas em algumas ainda tinham colegas indecisos ou receosos, com medo de sofrer retaliações por parte dos bancos. Com as reuniões nas agências podemos levar os esclarecimentos necessários a eles e deixá-los convictos de que a greve é um direito do trabalhador garantido em lei e que deve ser respeitado pelos patrões. Esperamos que muitos mais colegas venham reforçar a mobilização, pois somente com uma greve forte é que poderemos quebrar a postura de intransigência dos banqueiros que, até o momento, continuam em silêncio e não sinalizaram para uma nova reunião com propostas mais justas para a categoria”, avaliou.

 

 

AS REIVINDICAÇÕES GERAIS DOS BANCÁRIOS

* Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

* PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

* Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

* Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

* Melhores condiᄃões de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

* Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

* Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de afrodescendentes.

(Com informações da Contraf-CUT)


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