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22 de Junho de 2015 às 23:00

23/06/2015 - CEE/Caixa – Contraf/CUT denuncia coação da Caixa com pesquisa telefônica sobre campanha salarial


Intenção do banco é saber nível de comprometimento dos trabalhadores durante greves. Medida é vista como intimidação e afronta direito dos empregados de lutarem por melhorias das condições de trabalho

 

Brasília - A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa – Contraf/CUT) denuncia: Brasil afora, empregados da Caixa Econômica Federal estão recebendo ligações telefônicas de um instituto de pesquisa, inquirindo-os sobre a intenção de aderir à greve que eventualmente ocorrerá durante a campanha nacional unificada 2015, a ser deflagrada em setembro.

O movimento sindical considera a realização desse levantamento uma forma de intimidação por parte do banco. “Os bancários não são obrigados a responder a esse questionário, devendo denunciar a irregularidade caso se sintam coagidos ou constrangidos”, orienta Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa – Contraf/CUT. Ela esclarece ainda que o sigilo do bancário que fizer a denúncia fica garantido.

Para Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae, “essa pesquisa é inadmissível na maneira como tem sido difundida, pois identifica a pessoa arguida e a constrange em seu legítimo direito de lutar por melhorias das condições de trabalho”.

A pesquisa é nominal e, por meio dela, a Caixa quer saber a respeito do grau de satisfação dos empregados com as condições gerais de trabalho, com ênfase para salário, carreira e benefícios, buscando ainda fazer um comparativo com outras empresas estatais. É perguntado também sobre o índice de reajuste que deve ser concedido nesta campanha salarial, se o reivindicado pela categoria ou se o oferecido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Para Fabiana Matheus, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae, a prática agride o legítimo processo estabelecido em mesa de negociações permanentes, sendo um “absurdo a Caixa falar de greve deste ano, quando o movimento sindical ainda debate com os empregados as reivindicações a serem negociadas”. Isto, segundo ela, é um sinalizador de que a disposição do banco para negociar com as entidades representantes é bem limitada.

Diante disso, a CEE/Caixa – Contraf/CUT reivindica o imediato cancelamento da pesquisa. E lembra que, ainda em 2015, a Caixa adotou outras ações antissindicais, como o desconto salarial dos bancários que participaram das paralisações do dia 29 de maio contra o PL 4.330 da terceirização. Para contrapor-se a essas pressões descabidas por parte do banco, a resposta deve ser uma só: mobilização, mobilização, mobilização.

 

Fonte: Fenae Ne

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