(Brasília) - A Comissão da Verdade do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal se reuniu na tarde da última quinta-feira (17) para discutir as próximas ações de seu programa de trabalho que está previsto para atuar de abril até agosto deste ano, a fim de entregar um aporte de documentos para a Comissão da Verdade Nacional. Participaram da reunião o ex-diretor do sindicato Antonio de Pádua, o professor José Francisco e o presidente do Sindicato Eduardo Araújo.
Na ocasião, o presidente Eduardo Araújo, afirmou que a Comissão trabalhará sobre os pontos de vista específicos da categoria bancária ligados ao movimento sindical no período da ditadura, já que o
Sindicato dos Bancários foi uma peça fundamental para se fazer a resistência. “Nosso objetivo principal é trazer a luz da história, a contribuição dos bancários no processo de luta pela redemocratização”, ressalta.
De acordo com o presidente, um das principais finalidades da iniciativa é contribuir juridicamente para que os direitos das pessoas que foram anistiadas e prejudicadas sejam realmente reconhecidos. “Queremos dar o crédito histórico dessas pessoas que atuaram no período e chamar atenção para as condições de indenizações pagas em importância inferior ao que seria o do salário real a ser recebido”.
Contribuição - O Sindicato pede que familiares de bancários e dirigentes sindicais que sofreram a influência do conhecido anos de chumbo, procurem a instituição caso possuam documentos e fotos que auxiliem a compor e apurar o que aconteceu no período da ditadura ocorrido entre 1964 e 1985. Quem quiser contribuir, é necessário agendar sua participação pelo telefone (61) 32629006.
De posse das informações, o Centro de Documentação do Sindicato (Cedoc) poderá subsidiar pesquisas sobre o período do regime militar e auxiliar no desfecho de casos ainda não esclarecidos - como, por exemplo, a situação dos torturados (na identificação dos repressores) e desaparecidos.
O objetivo é traçar uma linha do tempo que ajude a resgatar a memória dos trabalhadores e dirigentes prejudicados profissionalmente, presos, torturados ou mortos no período e esclarecer fatos que envolveram perseguição estatal ao movimento bancário.
Fonte: Seeb/Brasília - Da Redação
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