Cuiabá MT - O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), nesta sexta-feira (20/02), protocolou na Gerência de Pessoas (GEPES) do Banco do Brasil a minuta de reivindicação aprovada em Plenária, realizada no dia 12 de fevereiro e solicita abertura de negociação.
De acordo com o secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT), e funcionário do BB, Alex Rodrigues, a Plenária, realizada no auditório do SEEB/MT, reuniu os funcionários lotados na Plataforma de Serviços Operacionais (PSO) de Cuiabá, para debater os problemas que vem ocorrendo há mais de 5 anos na unidade e o descumprindo do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2013/2014, onde o banco se comprometeu a efetivar todos os escriturários que atuavam há mais de 90 dias como caixa executivo.
Durante os debates, os trabalhadores demonstraram que há funcionários que atuam na unidade, desde 2009, substituindo irregularmente. Eles explicaram que a “substituição” instituída pelo banco ocorre quando o titular de determinada função, que no caso é caixa executivo, não pode trabalhar devido as motivos diversos. “Entretanto, os escriturários atuam, efetivamente, como caixas todos os dias. Mas, além da substituição irregular instituída pelo BB, que por si só caberia a sua regularização por parte de uma instituição que prega a ética, o BB assinou, em 2013, acordo coletivo, porém, não efetuou o seu cumprimento efetivando os escriturários que atuavam a mais de 90 dias”, lembrou o secretário de assuntos jurídicos do Sindicato.
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Após os debates foram aprovadas as seguintes reivindicações:
1. Efetivação como caixa executivo de todos os escriturários que atuam no PSO a mais de 90 dias a contar da data de implantação do PSO;
2.Fim do nível 3 para caixas executivos ou o pagamento correspondente ao risco assumido por aqueles que assim optarem, proporcional a comissão da gerência média;
3. Proibição de terceirização de qualquer atividade dos funcionários do PSO;
4.Pagamento retroativo de todas as perdas remuneratórias, bem como,a pontuação por mérito, para todos os escriturários que atuaram irregularmente como caixa substituto desde a implantação do PSO;
5.Abertura de negociação com o banco com prazo máximo de 30 dias para apresentação de proposta que contemplem as reivindicações;
A plenária também aprovou a convocação de uma nova assembleia em 30 dias para avaliar uma possível proposta e/ou deliberar sobre o dia em que iniciarão as paralisações das atividades na unidades bancárias do BB em Cuiabá.
“O sindicato aguarda com urgência o agendamento de audiência para negociar visando o atendimento das reivindicações e evitar assim a deflagração de paralisação das atividades dos trabalhadores por tempo indeterminado”, frisa Aléx Rodrigues.
Entenda a Situação:
O BB reestruturou o setor de caixas das agências de Cuiabá, criando um órgão que ficou responsável por todos os funcionários que atuam como caixas nessas agências. Esse órgão passou a se chamar Plataforma de Serviços Operacionais (PSO).
O banco ao criar a nova plataforma deveria efetivar todos os escriturários como caixas executivos, afinal essa é a função exercida pelos funcionários. São em torno de 85 trabalhadores, só a metade foi nomeada Caixa Executivo e a outra metade ficou como escriturário.
Ocorre que os escriturários que estão na função de Caixa Executivo sofrem diversos prejuízos financeiros. Por exemplo: caso esse trabalhador fique doente e precise sair de licença, não receberá como caixa e sim como escriturário. Além disso, também a Participação nos Lucros e Resultado (PLR) tem sido paga, posteriormente, aos demais trabalhadores e com diferenças.
Fonte: SEEB/Mato Grosso