Notícias

home » notícias

21 de Outubro de 2014 às 23:00

22/10/2014 - Parabéns à Luta! Parabéns aos Grevistas do Banco da Amazônia


 

PARABÉNS À LUTA! PARABÉNS AOS GREVISTAS!
#ForaValmirRossi 
 
Belém PA - Com o tom da prepotência, sarcasmo, arrogância e cinismo, o presidente do Banco da Amazônia, Valmir Rossi, enviou horas após a decisão pelo fim da greve um e-mail aos trabalhadores, parabenizando os não-grevistas, na velha prática da intimidação, da coerção e tentando jogar um trabalhador contra o outro. O mesmo tom com que tem conduzido a instituição e que marcou esta Campanha Salarial.

Durante todo o período grevista no Banco da Amazônia, a diretoria do banco não respeitou, de fato, o processo de negociação com as entidades representativas dos empregados. Tanto é assim que a greve no banco, mais uma vez, terminou arbitrada pelo TST, única e exclusivamente pela intransigência da direção do Banco da Amazônia que preferiu correr para o judiciário, ao invés de esgotar o processo na mesa de negociação, como aconteceu em absoluta maioria no restante do país.

A falta de diálogo e de sensibilidade administrativa também estiveram presentes nesta Campanha, pois em nenhum momento o banco apresentou proposta para atender a minuta específica de seus empregados, nem mesmo àquelas que não provocavam impacto financeiro ao banco e não dependem de autorização de qualquer outra instância, sendo únicas e exclusivamente deliberações da administração do banco.

Pelo contrário, o Banco da Amazônia quis por diversas vezes impor ao Acordo Coletivo três propostas que retiravam direitos dos trabalhadores, como a integralizaᄃão da remuneração, mudança na forma de pagamento do transporte noturno e condicionantes à liberação de dirigente da Aeba. 

A incompetência negocial do banco é o resultado da intransigência de uma diretoria que já nasceu fadada ao fracasso, pois copia todas as maldades do modelo do Banco do Brasil, esquecendo-se que o Banco da Amazônia tem um papel regional que vai muito além da carteira comercial, de planilhas e de números.

Ressaltamos ainda o comportamento indecoroso do presidente do banco com o movimento forte e legítimo da nossa categoria. Em Brasília, ele pessoalmente, protagonizou uma cena patética, quando rasgou uma faixa do movimento grevista, na vã tentativa de intimidar os trabalhadores.

Em Belém, as práticas antissindicais do presidente Valmir Rossi se intensificaram com o decorrer da greve, ao ponto dele chegar ao cúmulo de instalar uma parafernália de microfones e câmeras, na matriz do banco, para monitorar os grevistas; tudo pago pelo banco. Além disso, instaurou liminar de interdito proibitório que foi derrubada juridicamente pelo movimento dos trabalhadores; ameaçou descontar os dias parados dos salários dos grevistas; e por fim, instaurou o dissídio coletivo para resolver a greve sob o martelo do TST. Provas cabais da indisposição da direção do banco para o diálogo democrático com seus empregados e suas entidades representativas.

O respectivo presidente também chamou as entidades sindicais de mentirosas, e mais uma vez quis empurrar ‘goela abaixo’ a (in)verdade da diretoria do banco que não desce do seu púlpito, que não abre mão das suas regalias, e que quer jogar para os empregados e entidades a responsabilidade pela atual situação do banco.

Não bastasse tudo isso, vale também destacar que na gestão de Valmir Rossi foi implantada a famigerada lateralidade, da qual recorremos na justiça. Foi nessa atual gestão que um plano de demissões voluntárias foi apresentado aos empregados do quadro de apoio às vésperas do início da Campanha Nacional da categoria. Foi também nessa gestão que as transferências compulsórias foram impostas através do BS60. Ou seja, essa tem sido a gestão da perseguição implacável contra os empregados do Banco da Amazônia.

Repudiamos todo esse conjunto de arbitrariedades e reafirmamos mais uma vez aos trabalhadores que intensificaremos a luta pra garantir condições decentes de trabalho e direitos aos empregados, bem como a substituição imediata da diretoria do Banco da Amazônia, para que este banco tão indispensável à Amazônia e ao Brasil seja dirigido por gestores que tenham sensibilidade administrativa, humanista e amazônida, e não tenham essa condução neoliberal que coloca coisas na frente de pessoas. Exigiremos de todos os canais da política que o Banco da Amazônia seja dirigido por gestores que compreendam realmente a necessidade de fortalecimento do banco e de sua missão institucional de fomento ao desenvolvimento econômico, social, ambiental, científico e cultural da Amazônia, com o devido respeito e valorização dos empregados do banco, que são o maior patrimônio desta instituição financeira.

Finalmente, queremos parabenizar mais uma vez os grevistas e a companheirada do Banco da Amazônia que lutou não somente nesta greve, mas que batalha diariamente em busca de direitos e melhores condições de trabalho.

Por esses e outros motivos que continuaremos bradando "FORA VALMIR E SUA DIRETORIA”, porque a nós não faltou e não faltará garra e disposição para termos um amanhã melhor.

À luta, bravos trabalhadores e trabalhadoras! E mais uma vez, parabéns pela imensa resistência.

 

 

 

Sindicato dos Bancários do Pará
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (FETEC-CUT/CN) 

 


Notícias Relacionadas