Belém PA - A programação de lançamento da Campanha Nacional da categoria bancária em Belém chegou ao corredor financeiro da Avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, na manhã desta quinta-feira (21).
Sob um forte calor de mais de 30ºC, bancários e bancárias percorreram todas as agências bancárias e em frente a cada unidade informavam aos colegas de trabalho, clientes e usuários os próximos passos das negociações com os banqueiros em busca de melhores salários e condições de trabalho.
“O tema saúde e condições de trabalhos abriu a primeira rodada de negociações que terminou ontem (21) em São Paulo. Os bancos se comprometeram em apresentar na próxima mesa os dados solicitados pela Contraf-CUT sobre os afastamentos de bancários por razões de saúde. Um dos problemas que mais atinge e afasta a categoria de seu postos de trabalho chama-se assédio moral e continuaremos lutando firmes contra essa prática em todos os bancos”, afirmou o diretor de saúde do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.
Igualdade de oportunidades e segurança
A próxima rodada de negociações ocorrerá nos dias 27 e 28/08 e abordará os temas igualdade de oportunidades e segurança bancária.
“São outros temas de bastante relevância para a categoria, em especial a segurança bancária. Aqui no nosso Estado a população tem sido atingida pela onda de crimes de sapatinho e de saidinha bancária, principalmente. Ano após ano as estatísticas aumentam e pouco se vê em melhoria na segurança pública e também privada. Queremos mais segurança para nossas vidas e também dos clientes e usuários. Dinheiro, tanto o Governo do Pará e os bancos têm para isso. Falta boa vontade para investir na segurança”, destacou o diretor financeiro do Sindicato e funcionário do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Segundo levantamento feito com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado no início do ano, a soma do lucro registrado por quatro bancos brasileiros em 2013, chegou a cerca de US$ 20,5 bilhões, maior que o Produto Interno Bruto estimado de 83 países no mesmo ano.
Os ganhos do Itaú Unibanco, do Bradesco, do Santander e do Banco do Brasil, juntos, são maiores que a soma de todas as riquezas produzidas no ano, por exemplo, de Honduras, na América Central. O PIB nominal do país atingiu US$ 18,87 bilhões.
#oquequeremos
> Reajuste salarial de 12,5%.
> PLR: três salários mais R$ 6.247.
> Piso: R$ 3.019,00 (salário mínimo do Dieese em valores de junho).
> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
> Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
> Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências e biombos em frente aos caixas; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Bancários PA