"Participou da última greve ou tem intenção de participar de um movimento futuro?". Esta é uma das perguntas que a Caixa Econômica Federal tem levado aos seus empregados por meio de pesquisa telefônica.
No questionário, o banco também visa saber qual o grau de satisfação dos funcionários com as condições gerais de trabalho, com as condições salariais, de carreira e "benefícios", bem como o comparativo com outras estatais. Além disso, quer apurar o grau de confiança do bancário sobre o esforço despendido pela direção da instituição para atender às reivindicações da campanha passada e quais as expectativas para a campanha que se avizinha.
"A pesquisa é nominal e o banco ainda tem a audácia de questionar sobre qual o índice de reajuste que deve ser concedido nesta campanha: se o reivindicado pela categoria ou o oferecido pela Fenaban", denuncia Dionísio Reis, diretor de Bancos Federais da FETEC-CUT/SP.
"A prática fere o legítimo direito de os trabalhadores lutarem pelos direitos e por melhores condições de trabalho. Além disso, é um absurdo a Caixa falar de greve desse ano, quando o movimento sindical ainda está debatendo com os bancários o índice de reposição salarial a ser negociado. Isso é um indicador de que a disposição do banco para negociar é bem limitada", afirma o dirigente.
Os representantes dos empregados reivindicam o imediato cancelamento da pesquisa e esclarece aos trabalhadores que não há qualquer obrigatoriedade para respondê-la. "Ao receberem a ligação, os bancários devem levar a denúncia aos sindicatos, lembrando que o sigilo do denunciante é absoluto", salienta o dirigente.
Fonte: Fetec-CUT/SP