Brasília - O Sindicato dos Bancários de Brasília e o BRB se reúnem nesta quarta-feira (22), às 17h, em uma rodada de negociação, para discutir os desdobramentos decorrentes da forma como foi paga a PLR aos funcionários no último dia 20.
Segundo dados do próprio banco, somente cerca de 30% dos trabalhadores receberam algo a título de PLR, frustrando o conjunto dos bancários, cujas unidades, embora não tenham atingido a meta total, se aproximaram muito dela.
Já na sexta-feira (17), após a divulgação dos contracheques, a indignação se espalhou pelo BRB. Nesta segunda (20), dia do pagamento, o clima dentro do banco era de completa irritação e estupefação, decorrente de uma situação considerada inadmissível e intransigente pelos funcionários: o nᆪo pagamento da PLR, especialmente a parte linear, não vinculada a metas. Todos os funcionários do banco têm a compreensão de que esta parte deve sim ser paga, mas o banco “descobriu” um atalho no acordo e, a partir de uma interpretação jurídica, afirmou que não devia pagar.
O Sindicato vem desde o final do ano passado cobrando alteração nas metas que se adequassem à realidade daquele momento. Em conversas com funcionários de diversas unidades, já se previa o não cumprimento das metas. O fato é que não houve alteração, diferentemente do que o banco afirma, e o desfecho foi esta situação de agora.
“O Sindicato espera que nesta quarta-feira, diante da péssima repercussão desta situação, o banco venha à razão e apresente uma proposta que contemple o esforço dos funcionários, que têm se desdobrado, inclusive com alto índice de adoecimento, em busca de metas que muitas das vezes são impossíveis de bater”, destaca o diretor do Sindicato Daniel de Oliveira.
“Desde já cobramos um novo modelo de PLR que evite este tipo de situação, que crie mecanismos de distribuição vinculados ao percentual de atingimento, e que garanta, em letras garrafais, para evitar interpretações diversas, que a parte linear seja distribuída, bastando para isso que o banco tenha lucro”, conclui Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.