(Belém-PA) - O Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec Centro Norte reuniram na manhã desta quinta-feira, 17 de abril, com o Banco da Amazônia para conhecer o projeto de reestruturação organizacional da instituição que vem sendo estudado e elaborado desde o ano passado.
Representaram as entidades sindicais Sérgio Trindade, Marco Aurélio Vaz, Cristiano Moreno e Rômulo Weyl, todos empregados do banco. A Contec, AEBA e Sindicato dos Bancários do Maranhão também foram convidados para a reunião, mas não compareceram.
O objetivo da reunião foi apresentar a nova estrutura organizacional da direção geral e o processo de tramitação do projeto, elaborado exclusivamente pelo corpo técnico do Banco da Amazônia, já que nenhuma consultoria foi contratada para tal finalidade. O projeto de reestruturação foi aprovado pelo CONSAD do banco em 27/03/2014.
Na apresentação, o banco ressaltou que o projeto de reestruturação ocorrerá inicialmente pela matriz, e secundariamente nas agências. Inclusive, já ocorrem apresentações sobre as futuras mudanças internas, em reuniões por diretorias.
O eixo central do projeto visa a adequação das atividades por área, o que implica a criação e extinção de cargos, funções, gerências, pois o objetivo do Banco da Amazônia, de acordo com seus representantes presentes na reunião, é melhorar a atuação comercial da instituição, tomando como base os modelos organizacional dos demais bancos federais, sobretudo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNB, assim também como o Banpará.
Preliminarmente, o Banco da Amazônia informou que serão excluídas 29 funções de supervisor, ao passo que serão criadas 26 funções de coordenadoria e 50 de analistas. O banco ressaltou em mesa que trabalha na perspectiva de, em geral, manter seus empregados no mesmo patamar da função de origem.
O Banco da Amazônia também irá extinguir a função de operador de rede, que hoje possui 15 empregados nessa função ligados à GPROD e GSIST. Esses trabalhadores devem ser realocados para a GESOP e GESEC, mas ainda não está definido qual a nova função que irão assumir, pois isso dependerá dos gestores da área, os quais apontam a possibilidade de empregados desse grupo serem alocados na função de analistas.
Ainda na área tecnológica, a reestruturação no Banco da Amazônia também prevê que das atuais 10 funções de supervisores da TI (GPROD e GSIST), 9 permanecem e 1 passa para a função de coordenador. Além disso, na GEPTI ocorrerá ampliação de 4 para 6 coordenadores; na GESIST também ocorrerá ampliação de 5 para 7 coordenadores; e na GPROD também ocorrerᄀ mudanças: ampliação de 6 para 13 coordenadores, e mais a extinção do operador de rede.
Posicionamento das entidades sindicais
Logo no início da reunião, os representantes das entidades sindicais criticaram o fato de o Banco da Amazônia manter a conduta de chamar reuniões em cima da hora, tendo em vista que o convite feito para a reunião de hoje foi feito nessa quarta-feira (16), o que impossibilitou, por exemplo, a participação de Miguel Pereira, representante oficial da Contraf-CUT nas mesas com o Banco da Amazônia, assim como da presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim, devido a incompatibilidade de agenda.
“Essa prática do banco é muito ruim, pois não leva em consideração as agendas do movimento sindical, e isso dificulta bastante a produtividade das raras oportunidades que temos tido para dialogar com o Banco da Amazônia, gostaríamos de um processo mais respeitoso e democrático na construção dessas agendas de reunião”, destaca o vice-presidente da Fetec-CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Outra crítica foi em relação o projeto de reestruturação em si. “Apesar de o banco chamar as entidades para apresentar seu projeto de reestruturação, mais uma vez questionamos o método que o de já ter divulgado anteriormente para os bancários, o que gera toda sorte de questionamentos e de inquietações sobre a situação individual de cada trabalhador”, afirma o vice-presidente do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Marco Aurélio Vaz.
“Afirmamos também que qualquer impacto negativo que essa reestruturação do Banco da Amazônia trouxer a seus empregados, não haverá acordo por parte das entidades sindicais, e faremos a mobilização e tomaremos todas as medidas necessárias para preservar os direitos da nossa categoria”, ressalta o diretor jurídico do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Cristiano Moreno.
Fonte: Bancários PA