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21 de Janeiro de 2015 às 23:00

22/01/2015 - CUT defende Caixa 100% pública e posiciona-se contrária à abertura de capital


Para Vagner Freitas, presidente nacional da entidade, debate sobre o tema foi colocado pelo governo federal de uma forma completamente equivocada, sobretudo "por criar intranquilidade para trabalhadores e deixar grande dúvida"

 

Brasília - Em entrevista ao portal www.cut.org.br, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, que também é bancário, destacou que o debate a respeito da abertura de capital da Caixa Econômica Federal foi colocado pelo governo federal de uma forma completamente equivocada, sobretudo “por criar intranquilidade enorme para trabalhadores e deixar grande dúvida”.

Ele disse que a CUT é contra, “porque a Caixa é uma empresa sob controle do Estado e, por isso, tem liberdade para estabelecer políticas de apoio ao crédito, à habitação, de intervenção do Estado na economia, enfrentando o rentismo privado”. Para Vagner Freitas, a partir do momento em que vira empresa de economia mista, a Caixa passa a ter certos controles que a legislação impõe e dificulta ações públicas inerentes a um governo que intervenha na economia em favor do desenvolvimento social. O pior de toda essa história, segundo ele, é que o governo não disse porque faria isso.

Na entrevista, o presidente da CUT afirmou esperar que o governo não tenha a perspectiva de engordar o superávit primário ou mostrar ao mercado que está sendo austero. “Essa seria uma visão imediatista e não estratégica. Outra dúvida é se o governo manterá as políticas sociais com uma Caixa de economia mista”, observou, fazendo em seguida alguns questionamentos sobre o assunto: “Tirará recursos de onde, do Tesouro? Ou pensa em nᆪo manter e diminuir os investimentos em políticas sociais? Irá ceder à pressão das instituições privadas, que não têm relação com crescimento do Brasil, com oferta de juros, de crédito, e abrirá o mercado sem regulamentação?”.

Ao reafirmar que a forma como esse debate foi colocado foi um desastre, Vagner Freitas deixou claro que o governo precisa avaliar quais instrumentos quer ter para fazer políticas públicas e intervir na oferta de crédito, quando o setor privado não tem a menor intenção de fazer.

Com base nessas questões, o presidente nacional da CUT admite que o ano de 2015 não será nada fácil, “e isso o movimento sindical já sabia logo após o fim das eleições de outubro do ano passado”. Ele lembrou, enfim, que “a posse de um Congresso Nacional ainda mais reacionário que o anterior e as cobranças da coalisᆪo que ajudou a eleger a presidente Dilma Rousseff eram a garantia de muitas pedras no caminho para a continuidade do desenvolvimento com distribuição de renda e inclusão social”.

 

Clique aqui e assista ao trecho do vídeo.

Fonte: Fenae Net

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