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20 de Novembro de 2014 às 23:00

21/11/2014 - BNDES frustra bancários mais uma vez na retomada das negociações


São Paulo - Após a paralisação de 24 horas, realizada no último dia 13, com a adesão entre 85% a 90% dos empregados, o BNDES apresentou uma proposta que muito pouco altera a oferta anterior, na primeira rodada de negociação após a mobilização ocorrida nesta quarta-feira (19), no Rio de Janeiro.

As principais mudanças na proposta do banco foram:

a) elevação do percentual de 8,5% para 9% somente para correção do piso salarial para o segmento de serviços auxiliares ( grupamento C), PUCS e PECS;

b) unificação do segmento de nível médio do PECS - unificação entre os cargos Técnico de Arquivo Técnico Administrativo;

c) unificação das datas base de evolução salarial vertical - "as empresas unificarão a partir de 1º de janeiro de 2015 as datas base de evolução salarial previstas nos planos de cargos e salários atualmente vigentes, passando a vigorar, para os dois planos a data de 1º de janeiro de cada ano, permanecendo separados o processamento da evolução salarial dos integrantes do PECS em relação ao processamento da progressão salarial dos integrantes do PUCS".

Outro item novo na proposta do BNDES é a concessão de licença paternidade de 15 dias.

O banco também propôs retomar no momento oportuno o debate sobre assédio moral no trabalho para avaliar a adesão ao potocolo junto à Fenaban e estabelecer uma rotina de debates sobre a situação da Fapes para troca de informações e debates, com agenda definida para isso.

Avaliação

"Essas questões são interessantes, sem dúvida, pois dialogam com itens da pauta de reivindicações, mas nem de perto contemplam o conjunto de propostas que esperávamos ver apresentadas no âmbito da implantação da GEP Carreira, que o banco prometeu por diversas vezes, assinou e não cumpriu", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT."Desta forma, a proposta do banco continua insuficiente", ressalta.

"Apontamos uma série de outras questões que dependem apenas do banco, sem impactos no orçamento da empresa, cabendo somente a chamada boa vontade, como por exemplo, a rediscussão para uma nova redação da cláusula 16ª do acordo, que trata da dispensa de empregados, e do mesmo modo a cláusula 18ª que foca os descontos autorizados, bem como uma série de itens da pauta de reivindicações que tem apenas repercussão administrativa, mas no dia a dia possui uma grande importância na vida funcional de todos, como é o caso da divulgação das vagas para cargos em comissão, que mesmo divulgados os números, ao final e ao cabo os empregados não sabem qual é o número real de sua área", ressalta Miguel.

Uma questão importante tratada durante as conversas sobre a GEP Carreira é a incorporação das funções. "Reafirmamos que essa é uma questão também pra lá de pacificada nos tribunais e por que o banco não a implanta logo?", questiona o diretor da Contraf-CUT.

"Mas existem outras dificuldades, que na verdade impedem a formalização de acordo nos termos propostos, que é a cláusula 43ª, onde consta expressamente a supressão das cláusulas normativas estabelecidas em Aaordos anteriores", alerta Miguel.

Diante do fato do BNDES após 18 anos ter acordado o pagamento de gratificação salarial e neste ano não querer renovar essa cláusula e ainda os últimos acordos terem assegurada a implantação da GEP Carreira, mesmo que não detalhadamente, mas uma série de premissas, princípios e itens estavam assegurados, essa redação proposta definitivamente empurra para um impasse.

Num esforço de valorização do diálogo e da mesa de negociação como o melhor caminho para a superação das dificuldades, os dirigentes sindicais insistiram para que a empresa reavaliasse todas as ponderações apresentadas, retomasse os debates junto à diretoria do banco e remarcasse nova rodada para a semana que vem.

"Esperamos que a diretoria do BNDES reflita sobre tudo o que foi apresentado no dia de hoje e altere não só a sua posição, mas também proceda as alterações de redação que solicitamos, para que tenhamos a continuidade dos debates do acordo na mesa de negociação", conclui Miguel.


Fonte: Contraf-CUT

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