Belém PA - Não vai ter golpe! Com esse grito uníssono, entidades sindicais e movimentos sociais caminharam pelas ruas de Belém, na manhã desta quinta-feira (20), em defesa da democracia, da classe trabalhadora e pela reforma urgente do maior Pronto Socorro Municipal (PSM) do Pará que pegou fogo em junho desse ano provocando a morte de três pacientes e segue de portas fechadas para novos atendimentos, sobrecarregando o PSM do Guamá que está superlotado e sucateado.
Segundo o Sindisaúde, o pronto socorro teria a capacidade de atender cerca de cinco mil a seis mil pessoas por mês, antes do incêndio a unidade atendia mais de 15 mil pessoas.
O ato partiu do PSM da 14 de março que foi abraçado, de forma simbólica, pelos manifestantes que vieram de vários municípios do Estado deixar o seu recado para a direita intolerante e seletiva.
“Somos contra o retrocesso, os ataques aos nossos direitos, à intolerância e o golpe. Não é com impeachment que os problemas no país serão resolvidos, mas sim com luta e respeito à democracia que vamos reverter esse quadro. Queremos ressaltar que a categoria bancária está em plena
Campanha Nacional e não vamos permitir que a terceirização seja implantada. Exploração não tem perdão. Queremos respeito e valorização”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.
“Bem diferente dos discursos de ódio que tomaram conta do país no último domingo, estamos aqui em favor da democracia e contra a política econômica de ajuste fiscal, porque não seremos nós trabalhadores e trabalhadoras que iremos pagar pela crise. O pagamento dessa conta tem que sair do bolso dos ricos”, afirma o presidente da CUT-PA, Martinho Souza.
Agenda Brasil – Um manifesto divulgado pelos movimentos sindical e social defende uma nova agenda para o Brasil com uma plataforma de reformas urbana, tributária, educacional, a democratização dos meios de comunicação e a reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.
Não confundir, porém, com a Agenda Brasil, apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no dia 10 de agosto.
Entre as propostas da agenda de Calheiros estão a “regulamentação do ambiente institucional dos trabalhadores terceirizados para melhorar a segurança jurídica em face do passivo trabalhista potencial”, revisar a legislação de licenciamento em zonas costeiras, simplificar procedimentos de licenciamento ambiental e revisar marcos jurídicos que regulam áreas indígenas. Constam ainda a ampliação da idade mínima para a aposentadoria, mediante estudos e “aperfeiçoar o marco jurídico e o modelo de financiamento da saúde”.
Fonte: Bancários PA, com CUT Nacional