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21 de Março de 2014 às 17:01

21/03/2014 - O meu tambor vai ecoar contra intolerância religiosa, homofobia, racismo e preconceito


(Brasᆳlia) - A escola de samba Acadêmicos da Asa Norte, campeã do carnaval de Brasília em 2014, levou para a avenida um grito de orgulho. O samba enredo, que homenageou a Tenda dos Milagres do baiano Jorge Amado, trouxe a mensagem de afirmação da cultura brasileira em sua diversidade, expressada no samba pela homenagem à divindades de religiões afro-brasileiras. A escola, parceira do Sindicato, emocionou a todos com a abordagem social de respeito e tolerância à diversidade cultural e de crença.

Infelizmente, acontecem episódios reiterados de intolerância em que o respeito foi deixado de lado, por preconceito de classe, racismo, intolerância religiosa e desrespeito à orientação sexual.

Em Brasília, duas mulheres homoafetivas foram agredidas por vários homens na 201 norte, violência que causou indignação e foi objeto de protestos durante o carnaval deste ano.

Nos últimos meses, cenas de linchamento público no Brasil, de supostos criminosos, circularam na internet. Outro caso muito grave foi a imagem de um menor acorrentado em um poste, em um  bairro de classe média alta do Rio de Janeiro. Mais revoltante ainda foi a tentativa de justificar essa violência por parte de uma âncora de telejornal . O jovem acorrentado em cena que lembra a escravidão é negro e pobre. 

Sobre os delitos cometidos por um cantor estadunidense, branco e rico, a mesma jornalista disse que se tratavam de rompantes juvenis normais.

Em fevereiro deste ano, durante partida da Copa Libertadores da América, o jogador Tinga foi vítima de racismo. A torcida peruana, anfitriã do jogo entre Cruzeiro e Real Garcilaso, insultou o atleta brasileiro, ao ecoar no estádio sons semelhantes ao dos macacos, toda vez em que o volante tocava na bola. 

O último episódio lamentável registrado no esporte, foi a violência sofrida pelo também volante, Arouca - atleta do Santos. 

Em fevereiro, o racismo assombrou Brasília - tanto pelo ato em si quanto pela falta de rigor da lei. Uma australiana se achou no direito de ofender uma trabalhadora porque não queria ser atendida por uma negra. 

De acordo com balanço do Disque-Racismo, em ação desde março de 2013, foram registradas 8.344 ligações, até 28 de fevereiro. Desse total, 126 foram classificados como racismo - cerca 11 casos por mês.

Na luta contra essas violências, em novembro passado, diretores do Sindicato participaram do II Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro. O evento, foi realizado no Rio de Janeiro.

Já na primeira edição do Brasília Debate de 2014, o Sindicato trás ao Teatro dos Bancários, no próximo dia 25 de março, a discussão sobre discriminação racial - em função do Dia Internacional contra a Discriminação Racial, exaltado em 21 de março.

Dentro da programação do evento, o Sindicato se preocupou em inserir assuntos de suma importância para o combate da discriminação. Quilombolas, cotas raciais, estatuto da igualdade racial e a lei federal que tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na grade curricular da Educação Brasília estarão em pauta.

A diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília repudia a violência motivada por discriminação racial, religiosa, sexual e de classe social, e reafirma o compromisso de luta contra a intolerância.

Diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília

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