(Belém-PA) - Nessa terça-feira, 18 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários do Pará protocolou ofício no Banco da Amazônia para cobrar o pagamento da segunda parcela da PLR 2013 dos empregados e empregadas da instituição, tendo em vista a publicação no último dia 14/02 do lucro líquido do banco em 2013 de R$ 182,5 milhões. No documento, o Sindicato ressalta que o pagamento da segunda parcela deve ser baseado no segundo semestre de 2013 (clique aqui).
Lucro do banco aliviou alguns
Os dirigentes da CONTEC, AEBA e SEEB-MA ficaram aliviados com o fato de o Banco da Amazônia ter conseguido render lucro em 2013. Isso porque partiu deles a proposta rebaixada de reivindicar um adiantamento de R$ 500,00 a título de PLR, condicionado ao fato de o banco alcançar seu lucro previsto. Caso contrário, o valor seria devolvido ao banco pelos trabalhadores.
De toda forma, o valor do adiantamento de R$ 500,00 será descontado quando o pagamento da PLR for finalizado, ou seja, na prática não houve ganho nenhum para a categoria, e sim desconto.
A proposta rebaixada da CONTEC desarticulou o que a CONTRAF, FETEC-CN e SEEB-PA reivindicavam em mesa, que era o pagamento de um Auxílio Alimentação extra no valor de R$ 509,96; assim como o pagamento de PLR independente do fato de o Banco da Amazônia alcançar ou não a margem de lucro que a instituição previa para 2013.
Inclusive, o banco afirmou em mesa e registrou em ata que via a proposta do tíquete extra como positiva e tentaria o seu pagamento junto ao DEST. Porém, com a proposta rebaixada da CONTEC, o banco mudou de posição e passou a afirmar que a reivindicação da CONTRAF seria inviável.
“O pagamento de PLR, com isenção de Imposto de Renda, é uma conquista histórica da nossa categoria tendo a CUT, CONTRAF, FETEC-CN e SEEB-PA a frente desse processo. Para nós a PLR é inegociável e as instituições bancárias devem pagá-la a seus funcionários, independente das metas de qualquer banco”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.
Em nota publicada nessa terça-feira (18), a AEBA voltou a afirmar em sua página eletrônica que sua atitude, juntamente com a CONTEC e SEEB-MA, de condicionar um direito dos trabalhadores ao lucro do banco foi acertada, mesmo sendo esta uma proposta rebaixada e que colocava em xeque um direito legítimo da categoria.
“Não podemos jamais condicionar um direito dos trabalhares ao lucro de uma instituição bancária. Reafirmamos que a proposta da CONTEC serviu unicamente ao interesse do Banco da Amazônia, pois a proposta da CONTRAF na época da greve gerava lucro ao trabalhador, uma vez que teríamos um tíquete extra, e não uma verba de adiantamento de PLR, que seria descontada posteriormente, como acontecerá quando recebermos o valor total da PLR, pois será diminuído o valor adiantado”, afirma o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Rômulo Weyl.
O vice-presidente do Sindicato e empregado do banco, Marco Aurélio Vaz, reitera que “seguimos na luta por um novo PCS, contra a Lateralidade, pela regulamentação do ponto eletrônico e isonomia de jornada, e por melhores condições de trabalho no Banco da Amazônia; acatamos a decisão soberana dos empregados do banco tomada em assembleia e agora estamos cumprindo nosso papel de cobrar da instituição o pagamento da segunda parte da PLR, nossa luta é cotidiana e seguiremos firmes em defesa dos interesses dos empregados do Banco da Amazônia”.
Fonte: Bancários PA