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18 de Setembro de 2014 às 23:00

19/09/2014 - "A oposição que os banqueiros gostam" - Nota de Esclarecimento do SEEB/Pará


Fique atento! Tem gente em campo fazendo o jogo dos patrões.

Belém PA - Em 2011, a oposição bancária se disfarçou de sereia e cantou para os bancários e bancárias paraenses que a melhor alternativa no Banco da Amazônia, naquele ano, era seguir em uma greve que durou 77 dias e terminou no TST com compensação de 50% dos dias parados até o dia 30/04/2012, ou seja, perda para a categoria, pois em mesa tínhamos conquistado o abono dos dias parados.

Em 2012, a sereia cantou no Banpará. Naquele ano a proposta da oposição de antecipação da greve levou os trabalhadores do Banpará a perder o tíquete extra de R$ 3.000,00 (três mil reais), pelo qual estamos lutando até hoje para reconquistá-lo.

Agora em 2014, a sereia da oposição voltou a campo para fazer o jogo que os banqueiros adoram: dividir a categoria. Estão passando nas agências com um informativo que critica o Sindicato dos Bancários do Pará, a Contraf, a Fetec e a CUT como os principais inimigos da nossa categoria, e não os banqueiros.

Por outro lado, não citam uma linha nesse informativo para criticar o imobilismo da CONTEC nesta e em todas as campanhas nacionais, mas talvez isso se deva ao fato de a oposição bancária do Pará ter como coordenador de negociações da CONTEC uma de suas principais lideranças aqui no estado, o qual, inclusive, preside uma associação de bancários.

Importante lembrar também que agora em 2014 a oposição bancária não participou de nenhuma Pré-Conferência, não participou de nenhum encontro específico deliberativo (Banco do Brasil, Caixa, Banpará e Banco da Amazônia), não esteve presente na 9ª Conferência Estadual, nem na 16ª Conferência Nacional, ou seja, não contribuíram em nada para construir a Campanha Nacional desse ano. A oposição bancária também não ajudou a construir as lutas contra a aprovação do projeto de parcerias públicas e privadas (PPPs) do Governo Jatene, nem as lutas contra o PL 4330 das terceirizações, nem mobilizou a categoria para participar do Plebiscito pela Reforma Política.

Mas agora, estão nas agências esbravejando que querem passar por cima do processo de negociação da nossa Campanha Nacional, somente para forçar a categoria a deflagrar uma greve, mesmo sem uma proposta da Fenaban para as reivindicações da nossa categoria.

Mais uma vez o canto da sereia quer conspirar contra os trabalhadores para favorecer aos interesses dos patrões. Fique atento, não caia nesse golpe!

Esclarecimentos necessários à categoria

Diante dos ataques da oposição, queremos esclarecer você sobre algumas dúvidas frequentes dentro dessa Campanha Nacional:

Por que esse ano o calendário da campanha está diferente? - Não está não. Veja alguns dados das últimas campanhas nacionais e confira que não há uma diferenciação de 2014 com as demais. Cada ano tem seu próprio ritmo, ditado pelas reuniões do comando nacional, formado pelos representantes de cada federação estadual, e pelas negociações com os banqueiros. Confira os quadros abaixo:

 

Conferência nacional
2010: 23 a 25/07 
2011: 29 a 31/07
2012: 20 a 22/07
2013: 19 a 21/07
2014: 25 a 27/07

 

 

Primeira rodada de negociação
2010: 24/08
2011: 30 e 31/08
2012: 7 e 8/08
2013: 8 e 9/08
2014: 19 e 20/08

 

 

Início e término da greve
2010: 29/09 a 13/10 
2011: 27/09 a 13/10 
2012: 18/09 a 26/09 
2013: 19/09 a 14/10
2014: ?

 

O processo eleitoral 2014 interfere na campanha salarial? – Não. Porém, as eleições são muito importantes pra nós, sim. Nesse contexto em que temos candidatos com chances de se eleger e que defendem a autonomia do banco central, a terceirizaçᆪo da mão de obra, entre outros exemplos que vão de encontro aos interesses dos trabalhadores, é evidente que uma entidade sindical séria e de luta vai fazer o possível para entrar no debate e apontar para sua base o que está em questão.

Iremos lembrar, sim, como foi a década de 90 com o banco central livre para aumentar as taxas de juros e enfraquecer o papel dos bancos públicos. Lembraremos sempre do desmonte do BB e da Caixa, entre outras estatais (muitas delas privatizadas completamente), e como foi a nossa organização para lutar contra um governo que oprimia os movimentos sociais que usávamos todas nossas forças para resistir e evitar perder mais. O sindicato não conseguia apoio para suas tentativas de apontar greve, o quê nos trouxe 8 anos de reajuste zero e a inflação destruindo nosso poder de compra a cada mês. E faz parte do nosso papel lutar contra o retrocesso a esses tempos!

Porém, ao contrário do que alguns dizem por aí, não somos atrelados a governo nem a partido. Tanto é que fizemos greve em todos os anos do governo Lula e Dilma e deixamos bem claro que é nessa conjuntura que devemos mostrar força e fazer avançar ainda mais. E esse ano não será diferente!

Já estamos com a campanha na rua e estamos percorrendo as unidades de todo Pará, chamando a participação de todos e todas!

Precisamos esperar pelo comando nacional? O sindicato não pode chamar uma greve agora?- Podemos, pois cada sindicato tem autonomia para convocar a sua base de representação. Entretanto, acreditamos que o diferencial da nossa categoria é exatamente a força que temos quando entramos e saímos da greve juntos no Brasil inteiro. Uma greve só no Pará correria o risco de acabar fracassada e causar desânimo na hora de nos incorporarmos à greve nacional.

Então, por que o comando ainda não orientou uma greve? Já não chega de ouvirmos NÃO em todas as mesas de negociação? - Com certeza já não aguentamos mais sentar ᅠ mesa, argumentar em defesa de nossas principais e justas demandas, e ouvir a mesma ladainha de sempre: Não dá! É inviável! Não tem como! O pior é quando eles começam a argumentar sobre o quanto a gente tem um acordo "maravilhoso" e eles acham que devem cortar algumas coisinhas para se "adequar ao mercado".

Porém, a campanha salarial é um jogo, e o outro lado é muito bem estruturado. Se fazemos uma greve cedo demais, não corremos o risco de sairmos com um cheque em branco e não termos "bala na agulha" para avançar mais?

Quando começa a greve? – A Fenaban ficou de apresentar uma proposta global no dia 19/09. Estamos contando com isso, e, se ocorrer, o comando deverá indicar uma data para as assembleias, que serão pautadas pela apreciação da referida proposta e poderá apontar uma data para greve. Informaremos a data da assembleia com a maior antecedência possível.

 

Sindicato dos Bancários do Pará


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