Crédito: Andréia Cercarioli
(Campo Grande-MS) - Bancários de todo o país deflagram hoje greve por tempo indeterminado e reivindicam reajuste de 11,93%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese). Os trabalhadores também querem o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, e mais contratações para melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos clientes, bem como o fim das metas abusivas, do assédio moral e do adoecimento, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Em negociações anteriores, os bancos ofereceram reajuste de 6,1%, índice que não agradou a categoria.
Em Campo Grande, todas as agências do centro já estão fechadas e ainda não há nova negociação agendada com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
Conforme presidenta do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Iaci Azamor, “até o momento a Fenaban não fez contato com os grevistas e ainda não há dados oficiais sobre o número de agências fechadas na Capital”.
Para a diretora Neide Maria Rodrigues “a adesão de bancos públicos acontece de forma espontânea, mas nos bancos privados a greve nem sempre é apoiada. A pressão é muito grande. Os funcionários ficam com medo, já que existe o risco de demissão”.
A greve foi amplamente divulgada à população. “Noticiamos em jornal, sites, em vários locais, mas muita gente esquece”, enfatiza a presidenta Iaci Azamor.
Um dos principais pontos da greve também é o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização nos serviços públicos e privados. “Se o projeto for aprovado, seremos demitidos e recontratados por um terço do salário que ganhamos hoje. Assim, acabam os concursos. Por enquanto, estamos conseguindo barrar a votação. A comissão (CCJ) resolveu não colocar em votação, já que ainda não houve um acordo entre a aliança as partes. Todos os deputados federais de Mato Grosso do Sul já se posicionaram contrários ao projeto. A categoria teme que a qualquer momento o projeto seja votado. Se 15 minutos antes da sessão, algum deputado apresentar o projeto como extra pauta, eles têm que votar”, lamenta a presidenta Iaci.
Fonte: Seeb/Campo Grande