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19 de Setembro de 2013 às 08:42

19/09/2013 - Banpará segue sem apresentar propostas. Agora é GREVE!


5ª rodada de negociação e nada de avanços no Banpará. Agora é greve!(Belém-PA) - O Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT, Fetec-CUT/CN e Afbepa participaram de mais uma rodada de negociação específica com o Banpará nessa terça-feira (17), mas a situação permanece a mesma: o banco silencia diante da minuta de reivindicações do funcionalismo e não apresenta nenhuma resposta concreta. E isso apenas reforça a deliberação da assembleia geral da categoria bancária realizada na última quinta-feira (12): AGORA É GREVE!

As entidades voltaram a reivindicar a retomada do tíquete extra, mas o banco se esquiva como pode da discussão e, mais uma vez, disse que não se pronunciaria sobre o assunto.

A representação dos trabalhadores apresentou uma proposta aditiva à minuta que foi a do pagamento de uma PLR Social para os funcionários, conforme já é praticado na Caixa Econômica, Banco da Amazônia entre outros, e que prevê a distribuição linear de uma porcentagem do lucro da empresa para todos os bancários e bancárias da instituição. O Banpará ficou de analisar a proposta.

O fato é que na reunião dessa terça o debate girou em torno dos seguintes artigos da minuta que ficaram pendentes na última reunião do dia 12/09:

Artigo 48 - PUBLICIDADE E PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PLANO DE SAÚDE
Artigo 49 - DESCONTO DO PLANO DE SAÚDE
Artigo 50 - INCLUSÃO DE DEPENDENTES NO PLANO DE SAÚDE

Porém, o banco não apresentou proposta para as reivindicações dos trabalhadores e quis direcionar o debate para uma proposta de PDR, como forma de premiar agências e PAB’s que tiverem “bom desempenho” em negócios.

As entidades sindicais criticaram a proposta do banco que não é novidade, pois esse modelo já é realidade em outros bancos, e combatido pelo movimento sindical, tendo em vista ser na prática um plano de metas que promove uma concorrência desleal e desnecessária entre os bancários.

Uma nova rodada foi agendada para o dia 23/09, às 16 horas, na matriz do banco.

“O Banpará não está negociando seriamente com as entidades sindicais, até agora não apresentou um proposta global para a minuta do funcionalismo e não enfrentou o debate sobre a retomada do tíquete extra, da qual a categoria no Banpará não abre mão. Diante do silêncio e falta de propostas do banco, a solução é iniciarmos com força total a greve nacional da nossa categoria a partir dessa quinta-feira, dia 19 de setembro, pois somente com a nossa luta, com a nossa mobilização, é que poderemos arrancar conquistas no Banpará e em todos os bancos. É hora de irmos à luta pra valer, agora é greve”, convoca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Participaram da reunião dessa terça-feira (17) a presidenta do Sindicato Rosalina Amorim, a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará Odinéa Gonçalves, o secretário de relações de trabalho da Contraf-CUT Adílson Barros, a diretora da Fetec Centro Norte e funcionária do Banpará Vera Paoloni, a presidenta da Afbepa Kátia Furtado, a advogada do Sindicato Dra. Célia Menezes e a advogada da Afbepa. Pelo Banpará estiveram a diretora da DIRAD Márcia Miranda e o assessor jurídico Edvaldo Caribé.

ESSAS SÃO NOSSAS REIVINDICAÇÕES NO BANPARÁ

> O retorno do pagamento do Tíquete Extra
> Reforma estrutural em todas as agências
> Reestruturação do PCS
> Contratação de mais funcionários
> PLR Linear
> Aumento da gratificaçᆪo para coordenadores de caixa e funcionários do SAC
> Reajuste da gratificação de todas as comissões
> Imediata efetivação nas funções
> Garantia contra dispensa imotivada
> Regras para descomissionamento
> Inclusão de ascendentes no Plano de Saúde

ESSAS SÃO NOSSAS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES GERAIS

> Reajuste salarial de 11,93%, composto de 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%.
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Vales alimentação, refeiᄃão, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.


Fonte: Bancários PA


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