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19 de Setembro de 2013 às 08:31

19/09/2013 - Bancários acreanos cruzam os braços a partir desta quinta-feira (19)


(Rio Branco-AC) - Em assembleia bastante prestigiada (170 presentes), ocorrida no fim da tarde desta quarta-feira (18), na Praça Povos da Floresta, centro de Rio Branco, os bancários aprovaram greve nacional a partir da 00 hora desta quarta-feira (19).

greve

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, a proposta ofertada pela Fenaban não cobre as reivindicações da categoria. Batistela explica que o setor bancário é o mais sólido e lucrativo da economia do país, com ganho médio de 18%, mas, infelizmente, que repor apenas 6,1% de reposição salarial aos seus funcionários.

O dirigente explica que, além de negar aumento real nos salários, pisos, PLR e todas as verbas salariais, apresentou uma proposta rebaixada de 6,1%, percentual esse que sequer recompõem a inflação do período medida pelo INPC, de 6,93%).

- Queremos informar a sociedade que a proposta da Fenaban ignora todas as reivindicações dos bancários sobre emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades, assim não restando outra alternativa para buscar melhoria na proposta a não ser uma greve, explica Batistela.

"Somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. Por isso consideramos a proposta, que não tem aumento real e desconsidera as demais reivindicações, como uma provocação dos bancos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

A proposta da Fenaban

Reajuste - 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.).

PLR - 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).

Parcela adicional da PLR - 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

Adiantamento emergencial - Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

Adoecimento de bancᄀrios - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Inovações tecnológicas – Realização em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

As reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras

 

Fonte: Seeb/Acre - Manoel Façanha


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