Dados foram divulgados na terça-feira (16) e constam de nota técnica referente ao ano de 2013. Ingresso da mulher é vital para impulsionar a diminuição das diferenças salariais entre os segmentos feminino e masculino
Brasília - Estudo do Cadastro Geral de Empresas, vinculado ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o salário das mulheres é inferior ao dos homens, apesar das conquistas registradas no mercado de trabalho nos últimos anos. A situação hoje é a seguinte: a média do salário feminino representa 79,5% do salário masculino. Os dados foram divulgados na terça-feira (16) e constam de nota técnica referente a 2013.
Segundo o IBGE, a diferença salarial havia recuado de 2011 para 2012, mas voltou a crescer de 2012 para 2013, chegando a 25,8%. A pesquisa mostra ainda que a média salarial nos setores de administração pública, de empresas e de entidades sem fins lucrativos é de R$ 1.855,37 para as mulheres e de R$ 2.334,46 para os homens.
No quesito nível de escolaridade do trabalhador, porém, o aumento na diferença dos salários se manteve como uma realidade presente no cotidiano do mercado de trabalho do Brasil. Tanto que, nos últimos anos, essa diferença esteve perto dos 200%.
Em 2013, por exemplo, a média salarial de trabalhadores com ensino superior era 6,7 salários mínimos, enquanto o grupo sem escolaridade superior recebia, em média, 3,2 salários mínimos.
Os números do IBGE apontam que o ingresso de mulheres no mercado de trabalho é vital para impulsionar a diminuição das diferenças salariais entre os segmentos feminino e masculino. Isso só mostra que a luta das mulheres continua para que sejam tratadas de forma igual aos homens, acontecendo todos os dias e em todos os lugares.