Entre as “maldades” foram elencadas: não pagamento da parte linear da PLR; reestruturação que tem gerado perda de substituições nas agências, com a ida abrupta de funcionários da DG para os PAs; indefinição quanto à situação dos gerentes de negócio que aguardam efetivação; reencarteiramento nos PAs, o que gerou diminuição de gerentes de negócios e tem contribuído para uma sobrecarga aos gerentes remanescentes, com piora evidente no atendimento, o principal ativo do BRB; clima de terror entre os gerentes, com a divulgação de uma suposta “política de consequências”, que poderia chegar ao cúmulo de imputar a eles responsabilidade por perda, mesmo se as operações forem feitas de acordo com o que o banco determina; instituição da planilha de produção diária que pode servir ao péssimo comportamento de assédio moral; e ainda o descaso quanto à segurança na área da TI, que teve dois assaltos a mão armada em pleno dia.
“O clima dentro do banco está se deteriorando rapidamente. A esperança surgida no início do ano, com a indicação de um funcionário de carreira para a presidência, está sendo substituída pelo desânimo e desestímulo em função de uma política que tem desprezado os trabalhadores. Aliado a isso, a impressão de que o banco não tem norte, sem uma clareza do que se pretende no curto, médio e longo prazos, gera um desconforto que tem jogado o moral dos funcionários para baixo”, comenta Ronaldo Lustosa, diretor do Sindicato.
“Diante da decisão, o Sindicato chama a atenção de todos os funcionários para que façamos uma paralisação vigorosa no dia 27 e possamos dar uma demonstração de força à direção do BRB, afirmando que precisamos de outro caminho, o do crescimento e do estímulo para alavancarmos o banco. Os delegados sindicais apontaram também a realização de nova reunião no dia 28, na sede do Sindicato, para avaliar a atividade do dia 27 e discutir novas ações”, disse Daniel de Oliveira, também diretor do Sindicato.
Na reunião com os delegados, também foram debatidos os temas Saúde BRB, AEBRB e Reestruturação.
Saúde BRB
A diretora superintendente da Saúde BRB, Célia Amaral, e a gerente de Apoio Logístico e Finanças, Eliane Monteiro, fizeram uma exposição sobre o plano, enfatizando a situação dos custos e das entradas de recursos, evidenciando o equilíbrio do plano e a constante necessidade de monitoração para evitar desequilíbrios, visto que a inflação do setor saúde, invariavelmente, é superior à inflação medida pelo IPCA. Como o plano é relativamente pequeno (por volta de 9.000 vidas), qualquer descuido pode gerar problema, pois a possibilidade de ganho de escala em função do seu tamanho praticamente inexiste.
“O acompanhamento do desempenho do plano tem se tornado cada dia mais efetivo, pois a governança tem evoluído. Hoje, diversos atores de instituições representativas estão nos conselhos deliberativo e fiscal da Saúde BRB, a exemplo do Sindicato, da AFA e da AEBRB (ex-BRB Clube), o que possibilita um olhar criterioso sobre a gestão”, enfatiza Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato e conselheiro deliberativo da Saúde BRB.
Pedro também discorreu sobre a série de ações da associação voltadas para o fortalecimento da Saúde BRB, cujo custeio é suportado em 25% pela associação, e ainda aquelas em prol de ganhos no fundo de pensão e no clube recreativo AABR.
Segundo Pedro, a associação ganhou vulto nos últimos anos, e tem se tornado instituição importante na governança do grupo BRB. Hoje, a associação tem, inclusive, um representante no Conselho de Administração do BRB, o que permite ao conjunto dos funcionários um olhar sobre as decisões estratégicas para a instituição.
“A associação teve momentos em sua história que serviram a interesses descolados do conjunto dos funcionários. Hoje, ela serve tão somente para se dedicar a melhorar a saúde, a previdência complementar e o clube recreativo do BRB, voltado apenas para as demandas dos funcionários. Um exemplo claro disso é o aporte mensal que a associação faz para o custeio da Saúde BRB, e a seção das salas que possibilitaram a criação da Clínica Saúde BRB”, destaca André Nepomuceno, diretor da Fetec-CUT/CN e membro do conselho deliberativo da associação.
Ocorre que, mesmo sem a homologação do Banco Central quanto à reestruturaᄃão da diretoria, o banco vem empreendendo mudanças na Direção Geral (DG) e, com isso, gerado injustiças e insatisfação tanto na DG quanto nas agências. Há funcionários sendo rebaixados sem critério objetivo e claro na DG, além de alocações nas agências de funcionários vindos daquele departamento para ocuparem funções sem a capacitação devida, o que tem inviabilizado o crescimento de funcionários destes PAs.
Com a “dança das cadeiras” na DG, está havendo também mudanças nas gerências do PAs, também sem critério. “O que se vê é um desrespeito com os funcionários como um todo. Esta diretoria, que se alçou produzindo um sentimento de esperança, está se tornando rapidamente um sinônimo de pesadelo para os funcionários”, destaca o diretor do Sindicato Alfredo Lustosa.
Fonte: SEEB-Brasília - Da Redação