Brasília - As discussões sobre a distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao lucro do 1º semestre de 2014 demonstraram como a diretoria do BRB é ‘desconectada’ do conjunto dos funcionários. Ela se nega reduzir sua PLR aos mesmos parâmetros aplicados aos funcionários do banco, uma reivindicação do Sindicato dos Bancários de Brasília.
Aliás, o Sindicato propôs esta adaptação da PLR da diretoria para propiciar avanço na discussão da PLR dos funcionários. O fato é que a diretoria não quer abrir mão de sua ‘polpuda’ PLR de três remunerações (algo em torno de R$ 100 mil para os diretores, R$ 125 mil para os vice-presidentes e R$ 150 mil para o presidente). Só para lembrar, no geral, os bancários da instituição financeira, estes sim os responsáveis pelos resultados do banco, recebem como PLR somente uma remuneração. Há cargos que recebem apenas metade.
Ciente de sua responsabilidade e diante de uma intransigência de uma diretoria que não abre mão de um centavo sequer de sua PLR, o Sindicato prosseguiu nas negociações, e nesta terça (16), acordou com o banco um modelo de distribuição que possibilitará o pagamento da PLR no próximo dia 19, juntamente com o salário de setembro.
De acordo com a negociação, e diante de um montante de R$ 11.776.820,60 a serem distribuídos, os percentuais aplicados para cada um dos oito grupos em que se dividem os funcionários ficaram assim:
Grupo 1 - 41 funcionários – 4,202% do lucro
Grupo 2 - 59 funcionários – 3,782% do lucro
Grupo 3 - 190 funcionários – 8,890% do lucro
Grupo 4 - 101 funcionários – 4,125% do lucro
Grupo 5 - 477 funcionários – 15,873% do lucro
Grupo 6 - 889 funcionários – 26,345% do lucro
Grupo 7 - 225 funcionários – 6,439% do lucro
Grupo 8 - 1.127 funcionários – 30,403% do lucro
“Esta distribuição preserva os parâmetros utilizados na distribuição ocorrida em março passado. Desta forma, respeita-se a proporcionalidade baseada na remuneração dos componentes de cada grupo”, afirmou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.
“É possível avançar na distribuição. Para isso, o BRB tem de cumprir sua vocação e gerar um resultado que sua potencialidade permite, o que, infelizmente, não ocorrerá com esta diretoria que já demonstrou incapacidade para alavancar o banco dentro do que ele é capaz”, acrescentou Eustáquio.
O Sindicato alerta que o valor a ser pago para cada funcionário depende de variáveis como o número de PA’s que não atingiram sua meta (ficam fora da parte que cabe à meta agência), das substituições e dos afastamentos ocorridos no período.
Negociação da Campanha 2014
A primeira negociação da Campanha Salarial 2014/2015, antes prevista para dia 18, foi transferida para a próxima segunda feira (22). Na ocasião, provavelmente, a Fenaban já terá apresentado uma proposta global para os bancários em nível nacional. Há previsão de que isso ocorra na sexta (19).
Dessa forma, o Sindicato espera que o banco apresente uma proposta global, embora ainda não tenha ocorrido nenhuma negociação. A pauta de reivindicações foi entregue no dia 13 de agosto, ou seja, há mais de um mês, prazo suficiente para uma análise cuidadosa das reivindicações.
“Após tanta demora em negociar, não se pode chegar à mesa sem proposta concreta. É o mínimo que os funcionários do BRB esperam”, observou Eustáquio.
PCCR da TI
Em conversa com o Sindicato, o vice-presidente de Produtos, Novos Negócios e Tecnologia do BRB, Humberto Coelho, cuja área envolve a TI, afirmou que até a próxima segunda (22), data da primeira negociação da Campanha Salarial, dará uma resposta para as reivindicações do setor. O Sindicato espera que haja avanço na discussão das alterações no encarreiramento da área.
Diante disso, o Sindicato entende que se deve esperar a negociação do dia 22 para se ter uma posição do BRB, embora tenha sido definida, na última assembleia, a data final de agosto como limite para aguardar uma resposta concreta do banco. Essa decisão se deve à disposição do Sindicato em buscar uma solução que vá ao encontro dos anseios dos funcionários da TI.
“Uma negociação deve se pautar pela paciência e sabedoria na busca da melhor proposta. É óbvio que não se pode esperar para sempre, porém, o fato de estarmos em Campanha Salarial sinaliza que o momento é de ter calma para se chegar ao melhor possível”, diz Eustáquio.
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação