Crédito: Jailton Garcia - Seeb SP
Financiários reivindicam aumento real com reajuste salarial de 14,2%
A Contraf-CUT, federações e sindicatos entregaram nesta quinta-feira (18) à Federação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Fenacrefi), em São Paulo, a pauta de reivindicações dos financiários para a campanha salarial deste ano. A primeira rodada de negociação foi marcada para dia 1º de julho, às 10h, na sede da entidade patronal, na capital paulista.
A pauta dos financiários inclui reajuste salarial de 14,2%, correspondente à reposição da inflação, mais 5% de aumento real, combate à terceirização e ao assédio moral, fim das metas abusivas, novo modelo de PLR, incorporação dos promotores de crédito à categoria, entre outras reivindicações.
O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, classificou de positivo o primeiro encontro com as financeiras. "Queremos construir uma negociação com diálogo e transparência para que as empresas continuem respeitando o direito dos trabalhadores e os nossos empregos."
Roberto ainda destacou que outro objetivo é ampliar a negociação com mais entidades. "Nossa intenção é iniciar também um processo de negociação com a Confederação Nacional do Sistema Finaceiro (Consif), que tem como filiadas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a Federação Nacional das Empresas de Seguros (Fenaseg) e a Federação Nacional das Empresas de Títulos Imobiliários (Fenadistri), para que as nossas conquistas alcancem mais trabalhadores pelo País", explicou.
Antecipação INPC
Durante a entrega da minuta o dirigente sindical Jair Alves, que também representa a Contraf-CUT na mesa de negociações com a Fenacrefi, destacou a necessidade de reposição inflacionária, mesmo antes da finalização da campanha salarial.
"Nossa reivindicação é que a reposição do INCP já entre na folha de pagamento, sem que tenha que esperar toda a negociação. Assim como os bancos, as financeiras também têm registrado altos lucros e podem atender esta demanda sem problemas", afirmou Jair.
PLR
Outra prioridade dos trabalhadores é conquistar um novo modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
"Atualmente, as financeiras fazem uma antecipação de 60% do valor fixo e jogam 40% para a segunda parcela. No ano passado conquistamos um adicional de 20% de PLR, bastante importante, mas queremos aumentar este valor", explicou o dirigente.
Além da Contraf-CUT, também participaram da entrega da minuta os dirigentes sindicais: Marta Soares, pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo; Katlin Salles, da Fetec PR; Alberto Maranho, da Fetec SP; Walmir Gomes, pela Feeb SP/MS e Marcos Vicente, do Sindicato do Bancários do Rio de Janeiro.
Principais reivindicações da Campanha Nacional
- Reajuste de 14,2%.
- PLR de R$ 6.337,02.
- Novo modelo de PLR.
- Abrangência do acordo para todo o País.
- Unificação da data-base com bancários (setembro).
- Fim das metas abusivas.
- Combate ao assédio moral.
- Combate à violência organizacional.
- Combate à terceirização.
- Incorporação dos promotores de crédito.
- Manutenção da Comissão Paritária de Controle das Condições de Saúde.
Fonte: Contraf-CUT