A Diretora de Administração da Previ, Cecília Garcez, quer mudar modelo de gestão da Previ, acabar com duas diretorias, terceirizar a gestão dos investimentos e transferir várias atribuições de diretores eleitos para os diretores indicados pelo BB. Na prática, reduz o poder dos associados para aumentar o do banco. Destrói o modelo de gestão compartilhada conquistado em 1997, que deu maior segurança e autonomia às decisões da Previ e maior equilíbrio de poder entre banco e associados.
A proposta consta no relatório da empresa de consultoria Accenture, contratada pela diretora Cecília no final de 2014, ao custo de R$ 1 milhão, com a justificativa de mapear a otimizar processos.
Gestão estratégica nas mãos do banco
O aspecto mais grave da proposta defendida pela diretora é a transferência das atribuições da atual Diretoria de Planejamento, eleita pelos associados, para a Presidência, indicada pelo BB. São atribuições fundamentais para o futuro da Previ, como a elaboração da política de investimentos, gestão de risco, gestão integrada dos ativos e passivos (ALM), dentre outras. Todas as atribuições da Diretoria de Participações seriam incorporadas à Diretoria de Investimentos, ambas nomeadas pelo banco.
A parte operacional ficaria com os eleitos pelos associados e a gestão estratégica e dos investimentos seria toda entregue para o banco.
Quem faz a denúncia é o Diretor de Seguridade Marcel Barros, eleito pelos associados. "A diretora defende a proposta da consultoria, com o apoio de outro diretor eleito. Sou totalmente contra. Se isto for implantado, toda a gestão da Previ será colocada em risco, aumenta o poder do banco e diminui o dos associados", alerta Marcel.
Fonte: Contraf-CUT