(Porto Velho) - Nem mesmo a determinação dos auditores fiscais, Wilson Ramires e Joás Paulo Cadore, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para que nenhum funcionário da agência Nova Porto Velho, do Banco do Brasil, entrasse na unidade enquanto a obra de reforma estiver sendo executada, foi o suficiente para impedir o ímpeto dos gestores que demonstram total descaso com a saúde e integridade física de bancários, clientes e usuários.
Na manhã desta quinta-feira, 17, dirigentes do Sindicato dos Bancários de Rondônia (SEEB-RO) voltaram à agência, situada na avenida Amazonas (em frente à Panificadora Nordeste), em Porto Velho, depois que receberam denuncias, de que os gerentes estariam ‘convocando’ os funcionários a irem trabalhar e submetendo-os a fazer a limpeza, mesmo em um ambiente insalubre, tomado por pó, poeira, o odor de produtos utilizados na obra e, sobretudo, sob o iminente risco de acidente, já que o prédio está completamente atingido pela obra e sem nenhuma condição de funcionamento.
A agência foi interditada na segunda-feira pelos auditores Fiscais do MTE, que atendendo a denuncias do Sindicato, foram “in loco” fiscalizar a dependência e constataram as irregularidades apontadas pelo SEEB/RO, e determinaram aos gestores que abstivessem de chamar os funcionários de trabalhar no local enquanto a obra estiver sendo executada, sob pena de ter a obra embargada.
Após verificar a situação de total desrespeito com a determinação do MTE, os dirigentes sindicais ligaram para a Superintendência do BB em Rondônia para informar a desobediência dos gestores e, em seguida, se reuniram com os funcionários. O resultado foi a realocação de cada um dos trabalhadores para outras unidades do banco, e a continuidade do fechamento até que os riscos sejam eliminados.
“Como podemos ver o comportamento autoritário de alguns gestores do Banco do Brasil ainda se sobrepõe sob questões mais importantes, como a vida das pessoas. Lamentamos a postura destes gestores em querer fazer a agência funcionar normalmente a todo o custo, mesmo que isso afronte duramente a legislação e, principalmente, custe a saúde e a vida de funcionários, clientes e usuários”, avaliou José Pinheiro, presidente do Sindicato, que anunciou que se essa afronta voltar a acontecer levará ao conhecimento das autoridades responsáveis.
Fonte: Seeb/Rondônia - Da redação