(Belém-PA) - Nesta quinta-feira, 17 de outubro, 29º dia de greve da categoria bancária no Banco da Amazônia e no Banpará, os bancários e bancárias dessas instituições financeiras voltaram a ocupar a frente das matrizes desses bancos, em Belém, para cobrar a retomada das mesas de negociação específica e tentar encontrar um denominador comum que ponha fim nas paralisações.
No Banco da Amazônia, um grande número de empregados criticou a postura da direção do banco por conta da indisposição para o processo de negociação e pelos constantes assédios aos trabalhadores para enfraquecer a forte greve da categoria.
“É lamentável o Banco da Amazônia não querer discutir conosco melhorias no Plano de Saúde, nem tão pouco sobre a atualização do nosso Plano de Cargos e Salários que já está defasado há quase vinte anos. Temos muitas questões específicas a debater, mas o banco prefere virar as costas para nossas reivindicações ao nos ameaçar com dissᆳdio coletivo. Não aceitamos esse tipo de postura e não vamos nos intimidar, vamos fortalecer a greve e lutar pela retomada da mesa de negociação”, afirma o vice-presidente do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Marco Aurélio Vaz.
“Essa nova direção do Banco da Amazônia está conseguindo ser pior que a anterior no que diz respeito à práticas antissindicais e antidemocráticas. Reafirmamos mais uma vez que o nosso interesse é pela negociação, pela via democrática para construção do nosso Acordo Coletivo. Não aceitamos apenas palavras de boas intenções do banco, queremos demonstraᄃões práticas de que essa direção prioriza o debate com seus empregados, o que é fundamental para o fortalecimento do Banco da Amazônia enquanto banco público. Queremos a retomada das negociações já!”, defende o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Cristiano Moreno.
Audiência de conciliação com o Banpará nessa sexta (18)
O Sindicato participará de uma audiência de conciliação com o Banpará às 9 horas dessa sexta-feira (18), no Tribunal Regional do Trabalho, já que o banco apelou, mais uma vez, para o judiciário como forma de tentar solucionar os impasses da greve.
“O Banpará chama o judiciário para tentar solucionar os impasses que a direção do banco não conseguiu resolver no debate democrático com as entidades representativas do seu funcionalismo. De toda forma, estaremos presentes na audiência de conciliação no TRT, principalmente para reafirmar, na ocasião, que o que mantém a greve é o fato de o banco não querer abonar os dias parados e não querer distribuir linearmente um montante de 4% da PLR para os trabalhadores, pois se isso fosse feito a greve já teria sido encerrada no Banpará”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
O Sindicato dos Bancários do Pará convoca todo o funcionalismo do Banpará em greve para ir para frente do TRT nesta sexta-feira (18), às 9 horas, para mostrarmos que a greve somente está mantida devido à intransigência do banco. O TRT fica em frente à Praça Brasil na Rua D.Pedro II, entre Senador Lemos e Jerônimo Pimentel.
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Fonte: Bancários PA