Crédito: SEEB/Pará
Belém PA - Não, não e não. A rodada de negociação específica com o Banco da Amazônia sobre cláusulas econômicas realizada nessa terça-feira (16) foi marcada por um festival de negativas por parte do banco para as reivindicações da categoria. O único ponto que pode ser considerado positivo foi a afirmativa de que o Banco da Amazônia seguirá a Fenaban no índice de reajuste.
A intransigência do banco nesta mesa foi tamanha, que chegou ao ponto de apresentar proposta de retirada da PLR Social e o fim do parcelamento do adiantamento de férias. A próxima rodada específica com o ficou indicada para ocorrer no dia 24/09. Na próxima sexta (19) a Fenaban apresentará ao Comando Nacional dos Bancários sua proposta global para a minuta geral da categoria.
Os trabalhadores foram representados nesta reunião pela presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará Rosalina Amorim, pelo vice-presidente do Sindicato Marco Aurélio Vaz e o diretor Cristiano Moreno, além do secretário de organização da Contraf-CUT Miguel Pereira, o vice-presidente da Fetec-CUT Centro Norte Sérgio Trindade e o diretor da Federação Ronaldo Fernandes.
“Debatemos mais de quarenta cláusulas econômicas com o Banco da Amazônia nesta reunião de hoje e, praticamente, só ouvimos não por parte do banco. Vamos tentar uma reunião com o DEST para buscar avanços nas negociações com o Banco da Amazônia. Porém, o que está claro nesse momento é que somente alcançaremos vitórias nessa Campanha Nacional com muita mobilização, organização, unidade e pressão da nossa categoria sobre os banqueiros”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.
“O Banco da Amazônia demonstrou na reunião de hoje estar mais intransigente do que nunca. Precisamos reverter essa situação e, para isso, teremos que intensificar as mobilizações, colocar nosso bloco na rua e dizer em alto e bom tom para os banqueiros que exigimos respeito e valorização, pois não aceitaremos calados o não do setor que mais lucra no país para as justas reivindicações da nossa categoria”, afirma o secretário da Contraf-CUT, Miguel Pereira.
“Além de impor medidas unilaterais de reestruturação, que provocam prejuízos aos trabalhadores, como o PAQ e o BS60, o Banco da Amazônia ainda vem para a mesa de negociação sem querer negociar nenhum avanço econômico para os empregados da instituição e, o que é pior, ainda propõe retirada de direitos, como na questão da PLR Social e do parcelamento de férias. Vamos mobilizar a categoria para dar a resposta necessária ao banco, nossa vitória virá com a força da nossa luta”, destaca o vice-presidente da Fetec-CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Para o diretor jurídico do Sindicato e empregado do banco, Cristiano Moreno: “a inclusão de compromissos extra ACT não exime o Banco da Amazônia da obrigação de cumpri-los. Não abriremos mão da implementação do PCCS no prazo máximo de 24 meses, conforme sinalização do banco na Campanha salarial de 2013”.
“Reivindicamos em mesa as promoções dos TC’s e Quadro de Apoio e o banco informou que esses assuntos serão tratados no novo PCCS, mas pior que isso foi afirmar que o Quadro de Apoio não terá nada, pois é um quadro em extinção. Diante da resposta do banco, devemos nos fortalecer na mobilização e ir com a categoria pra luta, para pressionar os banqueiros, pois o banco deveria olhar seus empregados como a força principal para o futuro do banco, o que não está acontecendo e essa mesa de negociação demonstrou isso”, aponta o vice-presidente do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Marco Aurélio Vaz.