(Brasília) - O Sindicato dos Bancários de Brasília - Seeb/Brasília recebeu denúncias de que diversos superintendentes e gerentes da Caixa Econômica Federal estão intimidando os empregados e empregadas para não aderirem ao movimento. Imoral, a prática vai contra a lei 7.783/89 (também conhecida como lei de greve).
Os dirigentes sindicais, que repudiam veementemente esta prática, tomarão as medidas cabíveis para atos desta natureza.
Na tentativa de enfraquecer o movimento, que é legítimo, diversos dirigentes da Caixa criminalizam o movimento sindical e coagem os trabalhadores a não cruzarem os braços. O Seeb/Brasília orienta que os empregados não cedam às pressões impostas pelos gerentes da Caixa.
“Repudiamos qualquer ação que vise impedir e/ou enfraquecer a greve, que é um direito garantido pela Constituição Federal. Esses assediadores, em vez de ameaçar os próprios colegas, deveriam participar da greve, somando forças na luta por melhores condições de trabalho”, criticou Fabiana Uehara, diretora do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Cumprindo o seu papel de defensor dos direitos dos bancários, o Sindicato vai apurar todas as denúncias e tomar as medidas cabíveis. No caso de o trabalhador querer dar prosseguimento às ações e optar por formalizar queixa na Justiça, o Sindicato dará todas as orientações necessárias para resguardar seus direitos e encaminhará as denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
A greve é o último recurso de que os trabalhadores lançam mão, depois de esgotadas as negociações, para ver seus direitos ampliados e respeitados. É um direito garantido por lei e a principal arma para conquistar melhores condições de trabalho e salário, contra patrões intransigentes e gananciosos.
Confira, abaixo, as orientações para a greve:
• A Constituição e a Lei de Greve (7.783/89) garantem o direito à greve.
• A greve é de todos, mas é importante que cada bancário faça a sua parte para a categoria alcançar seus objetivos.
• Denuncie ao Sindicato o assédio moral e a coação dos bancos para furar a greve ou trabalhar em outro site ou por acesso remoto.
• Se você for convidado para trabalhar durante a paralisação, não aceite. É contra a lei de greve. Grave o registro da mensagem de celular, com hora e data e encaminhe ao Sindicato.
• Trabalhar em casa durante a greve, além de desrespeitar e enfraquecer a luta dos seus colegas, pode trazer problemas jurídicos, uma vez que isso não está previsto no contrato de trabalho.
• Os bancos vão tentar confundir a categoria. Acredite apenas nas informações divulgadas pelo Sindicato.
• Caso a polícia ou oficial de Justiça apareça, permaneça na agência sem fazer o confronto. Exija a identificação do oficial de Justiça, leia o ofício na íntegra, anote dados e comunique o coordenador e o Sindicato imediatamente.
• Convença os colegas bancários sobre a importância da greve e da unidade da categoria. Convença-os a participar das manifestações em agências de outros bancos.
• Informe os clientes dos motivos da greve, da exploração e desrespeito dos bancos com clientes e população. Procure ajudar a clientela.
• Permaneça no comitê de esclarecimento pelo menos até as 16 horas.
• Vá às atividades, reuniões e assembleias convocadas pelo Sindicato. Elas são importantes para debater e fortalecer a estratégia de mobilização para pressionar os banqueiros.
• Tenha sempre em mãos os telefones do Seeb/Brasília: 3262-9090 (geral) ou 3262-9004, 3262-9018, 3262-9030 e 3262-9008 (Secretaria-geral).
Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília