Brasília - Em reunião com os gerentes do BRB realizada na terça-feira (14), na sede do Sindicato, todos os presentes foram unânimes em afirmar que a medida tomada pelo banco de exigir o preenchimento diário de uma planilha de produção é absolutamente inapropriada e não serve ao propósito que a instituição financeira afirma ter.

Segundo os presentes, primeiramente, o preenchimento da referida planilha toma um tempo considerável, aproximadamente 10% da jornada, desviando assim os gerentes de suas funções necessárias: cuidar de negócios. Os funcionários afirmaram que o banco possui, no sistema, ferramentas que possibilitam o acesso às informações que se deseja. Por fim, e o mais grave, todos destacaram também que tal medida pode sim ser instrumento de assédio, na medida em que pode ser utilizada como comparativo entre desempenhos de funcionários, tomando como base apenas os números frios apontados na planilha.

Os gerentes afirmaram, e o Sindicato corrobora a informação, que seu trabalho envolve muito mais que a materialização de um negócio, pois, para isto, é necessária muita conversa, o que é impossível de ser apontado na planilha. Apenas para ilustrar, houve uma situação em que um gerente relatou o atendimento de aproximadamente vinte pessoas em um dia. Porém, com materialização de quatro negócios. Ocorre que as conversas podem vir a dar resultado posterior, o que não pode ser medido por nenhuma planilha. Isto sem contar outros afazeres decorrentes de negociações como lançamentos no sistema.

Decisão inoportuna

Diante destas informações, o Sindicato tem a convicção que a adoção dessa planilha foi uma decisão inoportuna e atrapalhada da atual gestão, e que ela apenas ‘contribui’ para dificultar o trabalho dos gerentes do banco, cujo trabalho deve ser única e exclusivamente fazer negócios para o BRB, visando alavancar o banco para potencializar seu resultado, algo tão necessário, especialmente neste ambiente de retração econômica.

“O Sindicato cobra do banco a extinção dessa prática inapropriada e absolutamente discutível, de eficiência contestável, e cujo propósito pode servir a uma ilegalidade, fomentar assédio no BRB. Os gerentes do banco precisam otimizar sua jornada em prol do que têm de fazer, negócios, e não ficar fazendo retrabalho ao preencher planilhas cujas informações podem ser acessadas via sistema”, afirmou Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato e bancário do BRB.

Da Redação