Campo Grande MS - Só no ano passado o Bradesco lucrou R$ 15 bilhões, mas só reembolsa R$ 0,65 por quilômetro rodado aos bancários que visitam clientes com veículos próprios que pagam cada vez mais para trabalhar.Mesmo com as recentes altas dos combustíveis. Esse valor não sofre reajuste há anos.
Uma pesquisa sobre preço dos combustíveis em postos de Campo Grande, divulgada no fim de fevereiro, pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS), apontou que a gasolina comum teve a maior variação entre os produtos, com 14,10% de diferença entre preços. De acordo com o levantamento, em segundo lugar ficou o etanol (13,81%), seguido da gasolina aditivada (12,30%) e do diesel (9,66%).
Conforme a pesquisa, em janeiro o litro da gasolina comum era vendido nos postos da região com valor médio de R$ 3,05; o litro do diesel custava R$ 2,90; do etanol era em média R$ 2,10 e da gasolina aditivada ficava em torno de R$ 3,09.
No mês seguinte, após o reajuste autorizado pelo Governo Federal, os preços dos combustíveis aumentou a média de valores em Campo Grande para R$ 3,48 da gasolina comum; R$ 3,18 do diesel; R$ 2,39 do etanol; R$ 3,47 da gasolina aditivada.
Se tomarmos como referência o Nissan March, um dos automóveis mais econômicos do mercado (roda em média 11,6 Km/litro), o valor do reembolso concedido pelo Bradesco cobre menos que 20% das despesas.
Neide Rodrigues, Secretária de Imprensa do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região diz que: "Esse valor é insuficiente e está muito defasado e com certeza o Bradesco pode pagar mais. Estamos cobrando do Bradesco para que seja feita correção."
Fonte: SEEB/Campo Grande MS